Aí vai uma boa notícia para as pessoas que só conseguem fazer exercício aos finais de semana: não é porque a frequência é menor que você deixará de ter benefícios. Na verdade, é muito pelo contrário. Segundo uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a redução da mortalidade é igual. Confira a publicação da Agência Einstein:
O estudo
Os cientistas analisaram a saúde de mais de 350 mil adultos norte-americanos entre 1997 e 2013. Esses, por sua vez, dividiram-se em grupos e subgrupos conforme a rotina de exercícios. Os ativos eram aqueles que realizavam 150 minutos semanais de atividade moderada ou 75 minutos da vigorosa. Já os inativos não praticavam por tanto tempo. Os primeiros ainda foram subdivididos como as pessoas que só treinavam de final de semana e outras que movimentavam o corpo cinco vezes ou mais por semana.
Os resultados mostraram que não houve mudança significativa de mortalidade cardiovascular e por qualquer causa entre os dois grupos de ativos, considerando o mesmo volume semanal. "Observamos que tanto faz se a atividade física é espalhada ou concentrada, o que importa mais é o volume total de atividade moderada ou vigorosa realizada na semana. Os dois grupos alcançam os mesmos benefícios, o que muda é a frequência, e isso pode ajudar as pessoas a aderirem à atividade física", explica Leandro Rezende, um dos autores do estudo.
Minutos vs. Dias
Apesar de não mudar os pontos positivos, para atingi-los em menor quantidade de dias, é necessário fazer um treino um pouco mais puxado. Segundo o profissional de educação física Everton Crivoi do Carmo, isso equivaleria à duas caminhadas de pouco mais de uma hora em ritmo moderado. E, apesar da constatação, ele afirma que, se você tiver tempo suficiente durante a semana, escolha se exercitar de forma mais espaçada. "Tentar fazer o maior número de dias possível e se manter ativo ao longo do dia ainda é a melhor opção", conta. Para concluir, ele chama atenção às pessoas de determinados grupos. "Pessoas com doenças crônicas preexistentes podem precisar de maior controle do volume e intensidade do treino", finaliza.
