Elas falam se espionam Facebook de parceiro e como conseguem senha

Mulheres contam experiências de investigação de e-mails e Facebook dos companheiros, o que descobriram e como conseguiram acesso

22 ago 2013 - 08h01
(atualizado às 08h01)

Em meados de julho, documentos apresentados à imprensa pelo jornalista Glenn Greenwald mostraram a espionagem dos Estados Unidos a telefonemas e e-mails de brasileiros. O assunto ainda é debatido entre os governos dos dois países. O tema da coluna desta semana é a investigação da vida do outro, claro, sem os mesmos objetivos de caça a terroristas como o país norte-americano, mas em busca de ameaças, mais exatamente de inimigos do sexo feminino. Em entrevista ao Terra, elas admitiram “espionar” o parceiro, mas que não aceitariam o contrário.

Os alvos de investigação principais são e-mails e contas do Facebook, segundo as mulheres. A maioria das entrevistadas não encontrou nada comprometedor nos arquivos pessoais dos parceiros, mas como o ditado “quem procura, acha” não existe à toa, com a desenhista Thais Bonfim a história foi um pouco diferente. “Vi uma conversa no Face, em uma brincadeira de ‘eu olho o seu, você olha o meu’, que quase levou o nosso namoro ao fim. Uma menina se declarando e ele dando algumas aberturas”, contou ela.

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A descoberta não provocou o ponto final da relação e o casal superou a má fase. A investigação da supervisora de atendimento Giovana Lima teve uma conclusão mais drástica. Do ex-namorado, ela descobriu conversas com outras mulheres e mentiras sobre saídas, feitos pequenos perto do que apurou sobre o, então, marido da prima. “Descobri que ele estava em contato com uma ex-namorada e faziam planos de morarem juntos. Tinha um relacionamento virtual. Realmente aconteceu: ele saiu de casa e foi morar com a outra”, contou Giovana.

Foto: Getty Images
Trabalho de detetive

Para conseguir o acesso, ela tentou diversas senhas e conseguiu descobrir com a resposta de segurança. “Geralmente, as pessoas colocam algo óbvio, aí foi fácil”, disse. A auxiliar administrativo Luria Ramos também precisou de um pouco de esforço para obter a senha do Facebook do parceiro. Ela esperou ele acessar a rede social e viu “sem querer” os códigos digitados. “Espionei porque a gente estava em um momento difícil, mas descobri nada e as conversas que me deixaram com a pulga atrás da orelha deixei para lá”, afirmou.

A estudante Nathalia Rodrigues conseguiu a senha com o próprio parceiro e só não teve mais “sorte” que a produtora de eventos Aline Brito, que não precisou pedir ou investigar para dar uma espiada nos arquivos pessoas do, então, namorado. “Ele deixou a senha salva no meu computador. Quando abri o Facebook, entrou direto na página. Impossível não dar aquela olhadinha (risos)”, disse ela. Arrependida da atitude, Aline contou que só espionou porque “tendo a oportunidade ali na sua frente, é difícil resistir”.

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Senha: pessoal e intransferível

Apesar de enumerarem as descobertas possíveis através do acesso a contas de e-mail e Facebook dos parceiros, as entrevistadas, com exceção de Luria, disseram não praticar mais o tipo de “investigação”. “Acho falta de confiança no outro”, justificou Giovana. É uma invasão à privacidade, segundo Aline. Elas não permitiriam o parceiro vasculhar os assuntos pessoais de e-mails e mensagens nas redes sociais. “Eles podem interpretar uma conversa de forma incorreta”, explicou Aline.

Compartilhar as senhas, então, não é visto de forma positiva por elas. “Acho que cada pessoa precisa ter uma vida pessoal fora do relacionamento”, afirmou Nathalia. Giovana não se importa em dizer ao namorado senhas de acesso de e-mail ou redes sociais. “Sou muito transparente, mas se começar a ficar paranoico eu corto o acesso”, completou.

Fonte: Terra
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