Nos últimos 13 meses, o inglês homossexual Kenzie Kilpatrick, de 26 anos, doou seu esperma para nove mulheres, principalmente lésbicas. O resultado são sete crianças (duas meninas e cinco meninos) e mais três gestantes que devem dar à luz no próximo mês. "Saber que tenho ajudado pessoas que sofreram durante tanto tempo desesperadamente querendo ter um bebê tem sido a minha maior motivação", disse. Os dados são do Daily Mail e do The Telegraph.
Depois de ler sites sobre doação, Kenzie criou uma página no Facebook anunciando o serviço de doação de esperma gratuito. Segundo ele, centenas de mulheres procuraram por sua ajuda, incluindo algumas de outros países, como Colômbia, México e Polônia. Não cobrou pela ajuda, apenas o valor da viagem e, se necessário, despesas de alojamento.
Kilpatrick se encontrou com as interessadas em suas casas ou em um quarto de hotel. Entregou as amostras de esperma, que eram inseminadas artificialmente por meio de uma seringa. "Acho incrível saber que vou ter 10 bebês lá fora continuando meus genes. Mas não sinto que preciso conhecê-los ou ficar em contato com suas famílias. Só doei o esperma, não estou ligado a eles", comentou. Assinou um acordo com todas as famílias para que elas não possam lhe pedir apoio financeiro no futuro para criar as crianças.
Recentemente, conheceu Tylan, resultado da sua doação ao casal homossexual Gemma Hughes e Charlene Allen. "Foi fantástico o encontro, mas não era como 'Meu Deus, é meu filho'. Não tinha apego. Para fazer algo assim, você não pode se envolver", disse Kilpatrick. Charlene o descreveu como "sensível, atencioso e responsável" e disse que "sempre será parte da família e, quando Tylan crescer, vou lhe dizer que tem duas mães e um homem especial nos ajudou a ter um bebê."
Kilpatrick ajuda principalmente lésbicas por conta de sua própria história. O seu pai abandonou a família quando tinha 5 anos e foi criado pela mãe. "Ela me ensinou a fazer a barba, a beber cerveja. Ela é a minha rocha. Com os casais de lésbicas, não conseguia pensar em nada melhor do que ter duas mães. Minha mãe tem sido fabulosa. Mulheres apenas fazem um trabalho melhor, elas têm isso em seu sangue."
Após as doações já feitas, Kilpatrick decidiu parar e realizar um sonho: ser pai de verdade. "Estou desesperado por um filho meu e encontrei um casal de lésbicas que quer ser co-parente comigo", explicou.