Como viver em paz e lidar com tantas emoções nos invadindo todo tempo sem descanso?
Somos um mar repleto de emoções variadas, mas vamos considerar que temos sete emoções básicas e comum a todos nós: raiva, medo, tristeza, alegria, surpresa, desprezo e aversão, sendo que, cinco delas: a raiva, a tristeza, o medo, o desprezo e a aversão, costumam nos trazer muito desconforto, afetivamente falando.
Você sabia que o cérebro humano é programado para registrar com mais intensidade o que nos acontece de pior? Que a nossa tendência humana é de dar mais valor aos fracassos que às vitórias?
Nosso cérebro é naturalmente negativo e programado para se preocupar. Quantas e quantas vezes ficamos presos a sentimentos e pensamentos indo e voltando, num círculo vicioso, sem espaços para saídas criativas de nossos problemas?
Nosso cérebro precisa de previsibilidade e estabilidade; quando começamos a sentir que estamos perdendo o controle sobre uma situação que, de costume, apresenta bons resultados, começamos a entrar em pânico; a ansiedade aumenta, assim como nossa incapacidade de encontrar soluções e tomar decisões acertadas. Acontece o que chamamos de paralisia cognitiva. Portanto, o autoconhecimento e o controle dos processos mentais negativos e cuidado com a saúde mental são imprescindíveis. Caso contrário, você fica imerso no universo da negatividade e das preocupações.
E aqui não se trata de conselhos de autoajuda, mas de dados científicos, que provam e comprovam a cada dia que, quando nos apropriamos de nosso poder pessoal e ganhamos mais controle sobre nossos processos pessoais, vivemos mais profundamente o bem-estar e o equilíbrio.
Por que será que a maior parte das nossas emoções refletem o lado mais difícil de nós mesmos? Uma emoção negativa demora um segundo para ser impressa em nosso cérebro, enquanto uma positiva, de 10 a 12 segundos. Será que existe um propósito para nossos sentimentos e pensamentos negativos? Será que nossa capacidade de sobrevivência e de conseguir estratégias não está vinculada a esses sentimentos? Será que é esse o seu propósito? Nos levar ao nosso instinto de sobrevivência e nos mostrar os caminhos para a vitória? Acredito que sim, que nossa capacidade estratégica esteja diretamente relacionada a esses sentimentos "sombrios" e, por esse motivo, não é uma boa ideia desprezá-los ou evitá-los. É preciso aprender a aceitar e conviver com todas as nuances de nossas emoções. É preciso enfrentá-los, não acomodar-se a eles, mas vencê-los.
Quando tentamos fugir ou nos desenredar de nossos "piores" sentimentos, querendo matá-los ou simplesmente ignorá-los, tenha certeza que a verdadeira vítima é nosso bem-estar e equilíbrio.
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