Prece. Poucas coisas podem ser mais úteis quando se trata de ferramenta para crescimento da espiritualidade. Embora discreta, sua força é inquestionável.
Situação especial, palavras e energias especiais – eis a receita para iluminar o cotidiano, geralmente tão pouco brilhante, reduzido a um pó de materialismo e consumo vulgar.
Orar é como enamorar: escolha de preferência, paixão, coragem, confiança, entrega, furor. Na paixão e na oração é o amor que une e cimenta, dá qualidade ao viver.
A oração é, ao mesmo tempo, uma metáfora e uma metonímia, abrigo das emoções inteiras ou despedaçadas, uma apoteose, uma escada para as emoções e comoções da vida.
Quando oramos, escapamos da brutalidade insípida das coisas banais, abrimos os olhos para maravilhas e maravilhamentos que, elusivos, são difíceis de localizar e notar.
Como no encontro, no abraço, na conversa, na conexão, a oração deve ser prática agradável, daquela que abre o sorriso no rosto, deixa boas marcas impressas na memória, imprime satisfação nas dobras da alma.
Nunca canso de observar que, orar, é construir ponte, abrir passagem entre nós e algo maior, dinamizar corpo e alma – uma comunhão que ilumina a existência, deixa tudo mais denso e verdadeiro (para, claro, quem tiver os tais “olhos de ver”, como já dizia Fernando Pessoa).
Além do mais, a oração é impulso para mudar, para transformar – tudo e todos. É partilha que eleva e gratifica. Como diz Santa Terezinha do Menino Jesus: “A oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria”.
Orar é ter leal companhia de amor na jornada de rumo infinito, canal e poder de força redentora e glorificadora. Pedir, comungar, agradecer... Devemos abrir espaço no nosso cotidiano para esses gestos espiritualizados, capazes de auxiliar na caminhada, animar diante das dificuldades, impregnar de paz e bem.
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