A espiritualidade valoriza a vida em sua essência, diz vidente

2 jun 2013 - 09h30
(atualizado às 09h30)
Foto: Getty Images

Recentemente, perguntaram-me, para minha surpresa, sobre a contribuição prática que a espiritualidade e o esoterismo podem oferecer à humanidade. São duas coisas, e explico por que, que não se misturam assim com facilidade: a espiritualidade é abstrata e contemplativa; o pragmatismo é concreto e efetivo. Mesmo assim, não quer dizer que eles não possam dar as mãos numa parceria de otimismo e esperança em relação ao bem-estar humano.

A marcha da civilização, os avanços na produtividade e a avalanche do progresso nos últimos dois séculos enfatizou o poder da nossa engenhosidade em superar os limites do ambiente. Mas, infelizmente, isso não significa que uma lúgubre realidade não esteja nos espreitando logo ali na esquina.

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Os especialistas indicam que estamos atingindo os limites físicos de nosso planeta, exigindo demais da capacidade de sustentação da nossa casa. Utilizando muita energia, esgotando o solo, poluindo a água potável, acidificando os oceanos, contaminando os rios, desmatando as florestas, extinguindo espécies animais, jogando na atmosfera quantidades tóxicas de dióxido de carbônico – indícios que podem prenunciar complicações gigantescas, sérias consequências, uma ameaça para nosso futuro.

Diante desse panorama de granulação carregada, cercado de perigos, a espiritualidade pode auxiliar de maneira bastante importante. Seu comprometimento é com uma ética do amanhã, em afinidade com as pessoas do futuro, com as necessidades dos nossos dependentes (inclusive com aqueles que ainda sequer nasceram nesse plano encarnatório). Ela ensina a partilhar os fardos e incentiva valores perenes de altruísmo e de uma vida mais frugal: exatamente aquilo que estamos precisando.

Isso mesmo, mais do que a economia, são a ecologia e o esoterismo que avançam na dianteira de zelo pelo valor intrínseco da vida humana e do meio ambiente. Todo o alarde em torno do Produto Econômico Bruto e a importância do dinheiro acabam soando, para essas áreas mais desprendidas, fútil diante do risco que corremos, da possibilidade de uma catástrofe em estilo Armagedom que mate todos nós.

A espiritualidade se estabelece num terreno ético elevado. Ela se compromete com a vida e do futuro da Terra, em ferrenha oposição diante dos desvalimentos da atual e das gerações vindouras. Convidando-nos a uma atitude menos consumista, de enaltecimento das coisas não materialistas, ela valoriza a vida em sua essência, contribuindo para o abrandamento dos problemas de aquecimento global, destruição da biosfera e tantos outros dilemas do nosso tempo de progresso desequilibrado.

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Fonte: Marina Gold
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