Amor perfeito não existe, diz vidente; entenda

15 set 2013 - 12h24
(atualizado em 16/9/2013 às 13h01)
Foto: Getty Images

Amor perfeito é o nome de uma flor de cor pronunciadamente violeta e de um licor no mesmo tom. Ambos doces, um pouco enjoativos. Outra coisa com esse nome não conheço. Conheço bastante bem, isso sim, alguns amores reais. Construídos na dificuldade e na superação, fragmentados como tudo que é humano e pode ganhar existência nesse plano de realidade que ora ocupamos: imanente, incompleto, repleto de falhas, fissuras e rupturas.

Nego a existência do amor perfeito mas não, muita atenção querido leitor e querida leitora, sua importância enquanto ideia a ser perseguida. Como tudo que é ideal e pleno, ele é fundamental e grandioso na medida em que indica para as pessoas o rumo, caminho e direção.

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Funciona, como tantas coisas úteis – mapa, bússola, lanterna, régua, compasso, Fio de Ariadne –, para nos auxiliar, servir de referência. É forma de não cairmos à deriva, sem saber como organizar e canalizar corretamente as nossas energias afetivas e sensibilidades emocionais.

Na medida em que amadurecemos, passando a compreender melhor o conjunto sutil dos enigmas que nos cercam, podemos aprender que na própria promessa há algo da sua realização. Toda busca embute um pouco do encontro, na expectativa apaixonada já contém uma possibilidade de felicidade. Nada disso deve ser desprezado.

Os poetas sempre acertam. Vinicius de Moraes, grande poeta, acerta em cheio ao pedir que todo amor “seja infinito enquanto dure”. Já que transitoriedade e impermanência são as marcas absolutas da concretude de nossa vida, a postura correta é sorver cada gota como se fosse um néctar.

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É a opção mais adequada, capaz de facultar dupla recompensa. Uma melhor vivência das experiências que se configurarem na trajetória, tornando cada momento vivido mais agradável, leve, desprendido e despreocupado.

Além disso, mais importante e significativo no plano da espiritualidade, a conduta indicada pelo poeta, de entrega total apesar dos pesares, é capaz de embasar o fortalecimento de intensas felicidades que se prolongarão na memória – esta, sim, infinita.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Marina Gold
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