Nós mesmos: eis a grande questão espiritual. Nós mesmos e nada mais. Ou pouco mais. Certamente há muitas justificativas, pretextos, ocasiões, mas em realidade nosso interesse por espiritualidade está fortemente atrelado e é movido pelo desejo de buscarmos a nós próprios. O propósito é nos encontrarmos ou, quem sabe, nos reencontrarmos.
Na base das experiências espirituais está a energia do iniciático, atividades que colocam em jogo a identidade. O crescimento incessante de quem indaga: “o que posso saber de mim? O que posso aprender e descobrir ao meu respeito? Quais são as minhas referências essenciais?”
Respostas que, encontradas, facultam uma forma de compreensão que, além de estruturar melhor nossa identidade, indica a maneira como nossa alma amadurece.
O convite é subir a montanha que somos e, lá do alto, admirar, descobrir, conhecer. Peneirar entre tantas referências, no meio de dores e feridas, tristezas e melancolias, a única coisa que importa... nada senão o próprio eu.
No fundo, diamante brilhando sob o cascalho cotidiano, a espiritualidade é nosso centro de gravidade, núcleo pulsante onde habita nosso ser e nossa identidade.
Mergulhamos em busca do diverso e, surpreendidos, o que encontramos somos nós mesmos. A estranheza do mundo satisfeita na familiaridade que cada um de nós mantem com seu âmago.
Quando chegamos lá, o que encontramos? Um espelho. O convite é, exatamente, fazer um balanço de nosso trajeto: “o que aprendi comigo?” A função formadora se completa. Misturam-se as energias que irrigam o ontológico e o metafísico, o imanente e o transcendente, o físico e o esotérico, o corriqueiro e o extraordinário.
Rede mágica de pescar a espiritualidade abre uma percepção de si voltada para as globalidades e holismos. Por isso é força para recompor-nos e estimular-nos com poderosa esperança e força.
Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.