Faz quase cinco meses que aguardo notícias de uma cliente querida que há muito tempo me visita quando chega o mês de dezembro. Jovem senhora, elegante, bem formada, profissional das mais competentes, culta, viajada, instruída.
Da área do Direito, experiente, não é alguém que se deixe enganar. Procurou meu consultório espiritual em situação de grande coincidência: seu tio, de grata lembrança para nós duas, havia sido muito importante no meu desenvolvimento acadêmico.
Todos os anos, regularmente, nossa consulta versava sobre o mesmo ponto: o caso de amor que a acompanhou por toda a vida e que findou com a morte do amado sem que ela tivesse entendido as razões dessa separação brusca, falecimento e silêncio total.
Após a partida do companheiro, ao longo de muitos dezembros, como de praxe, tínhamos nosso encontro. Tentei trazer uma luz à situação, uma explicação que desfizesse a sombra que a perda do grande amor deixou na alma da minha amiga. Mas certas respostas não afloram com facilidade. Não é por ser vidente que consigo estabelecer todas as conexões. Ao longo de anos, muita tentativa, nenhum resultado...
Nesse último dezembro eu a senti cansada, percebi que, desgastada, queria desistir da busca empreendida tão longamente. Ao nos despedirmos, a última frase que ela disse foi: “ele não se lembrou mesmo de mim”. A amargura do comentário me indicou que aquela tinha sido sua visita de despedida.
Após alguns dias, repentinamente, entrei em uma sintonia com alguém do outro lado, que me passou a seguinte mensagem: “eu não me esqueci dela. Só agora consegui essa possibilidade de comunicação. Desejo falar com ela”.
Imediatamente reconheci a circunstância e tentei entrar em contato com ela. Impossível. Tenho apenas um número telefônico (provavelmente desatualizado) que não responde.
Essa situação é clara expressão dos conflitos de Carma. Quando enfim a reposta veio, não consigo completar o circuito, dirimir as dúvidas e levar conforto à minha cliente. Será o tal Carma maior do que a vidência?
Sei que ela sempre foi leitora desses meus humildes textos. Lanço mão dessa “garrafa de náufrago” para enviar o recado e constatar se esse Carma é maior ou menor do que as forças que querem esclarecer esse enigma de amor – o dela e tantos outros espalhados por ai.
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