Vi garotada chorando para valer. Rostos atônitos. Olhos incrédulos. Os gritos de vitória congelaram no fundo da garganta. Um país inteiro em silêncio, uma só tristeza unindo todos os corações brasileiros. A Copa, nossa Copa (agora apenas no sentido de que estamos em casa), perdida. Nada mais a fazer, a não ser enrolar as bandeiras e guardar as camisetas. Os próximos quatro anos? Tempo de realimentar as esperanças e se preparar para o desafio na Rússia.
Competições, grandes feiras, festivais, procissões, festas populares estão presentes – e sempre tiveram fundamental importância – ao longo de toda a história humana. São aglomerados de anseios, vontades, expectativa, criam uma vibração específica, muito forte no sentido de unir as pessoas e expandir a energia guardada no cotidiano. Assim é desde que o mundo existe.
A vibração nos estádios, por exemplo, é inquestionável. Ela parte de um objetivo comum, que unifica as pessoas e seus desejos, independente de idade, situação social ou condição financeira. Elimina, por um breve tempo, preconceitos e distâncias, criando um clima de solidariedade e comunhão, irmanando os torcedores.
Quando nosso time vence há uma onda de energia positiva, as relações se apaziguam, os sorrisos se abrem felizes, famílias e amigos comemoram com uma refeição festiva e, às vezes, até com uma grande festa, o que indica que as vibrações mentais estão harmonizando as relações pessoais. É por essa razão que a vitória de uma equipe (ou mesmo de um competidor individual), em grandes concursos e campeonatos, é tão almejada, tão bem vinda. Uma fonte renovadora da alegria.
A derrota, por outro lado, deve ser assimilada de maneira contrária, com serena tranquilidade. Oportunidade para lidarmos com o contrafluxo da onda positiva. Cai sobre nós uma força que puxa para baixo, momento de treinarmos nossa capacidade de resistir. Manter a cabeça erguida e a dignidade é o que conta. Como se diz por aí: é na derrota que se pode medir o caráter do competidor.
A energia, como se pode concluir, é o cimento que unifica nossos anseios pessoais num conjunto maior, de grupo. Podemos começar a exercitar seu melhor uso desde já, para estarmos prontos para futuros desafios. Primeiro passo é nos conformarmos, pois, afinal, se não houvesse perdedor, não seria uma disputa.
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