Dia das mães, de todas as mães

12 mai 2019 - 09h00

O domingo tão esperado de maio: Dia das Mães. Meu desejo? Que seja das mães, como indicado, no plural – não apenas da “biológica”, de muitas, de todas. Dia de comemorar quem acalenta, ampara, protege; quem cuida, ensina, tutela; quem afaga, acaricia, abraça.

Dia das mães, de todas as mães
Dia das mães, de todas as mães
Foto: iStock

Indico essa abertura acima, porque tenho notado como todas as circunstâncias da vida vêm se transformando com o tempo. Mesmo uma instituição compacta como o casamento também passou por tremendas modificações, criando um novo perfil de família.

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A nova família apresenta o efeito de mudar, de maneira profunda, a imagem da mãe. Ela, quase sempre e geralmente a mãe biológica, estava cercada por uma aura especial: mulher única, onipresente, insubstituível, matriarca poderosa e irrestritamente obedecida. 

Eram tempos da mãe tradicional, de avental sujo de ovo, ferro de passar roupas em punho. Atualmente, em pleno turbilhão de mudanças, o papel de mãe se ampliou e se estendeu para a “namorada do meu pai”. 

Se, antes, os presentes cobiçados eram os mais práticos – lembro, aos risos, da expectativa alegre em torno da enceradeira, do sucesso da batedeira, da alegria do aspirador de pó –, hoje os desejos, indicando também eles profundas mudanças, são o restaurante, a viagem, o dia no spa

Décadas de bem sucedidos Dias das Mães comerciais foram substituídas, na atualidade, por propostas mais arejadas, ligadas ao compartilhamento de experiências, mais apropriadas para namorados do que para casais. 

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O número de crianças e jovens que convivem com apenas uma mãe vem diminuindo, fica menor, mingua. Os casais se desfazem com simplicidade e rapidez. Nesse contexto, as últimas gerações aprendem a conviver com “outras” mães, companheiras do pai, numa abertura de novos afetos – para todos os envolvidos.

Essa é minha reflexão e convite. Se a solenidade do Dia das Mães se enfraquece, o amor se multiplica: crianças encontram “novas mães”, mulheres encontram “novos filhos”... nada mais justo do que comemorar e celebrar da maneira mais inclusiva possível.  

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Fonte: Marina Gold
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