Às vezes eu acredito que Santo Antônio anda mais triste com as pessoas. A cada dia que passa o ser humano está complicando um assunto da vida que deveria ser simples e gostoso: o amor.
Acredito que com exceção ao mês de junho, mês do santo casamenteiro e Dia dos Namorados, quando as pessoas apaixonadas rezam para Santo Antônio para arrumar um namorado ou casamento, no restante do ano estas mesmas pessoas ficam “olhando para o mundo” procurando e tentando encontrar seu amor verdadeiro.
Tenho percebido em meu trabalho de coaching holístico e outras consultas que as mulheres são as que mais reclamam que estão sozinhas no amor ou que não encontram um parceiro, namorado ou marido. Seja o nome que for, não encontram um companheiro sério para namorar e formar uma família.
O tal RSS que sempre falo para elas está meio difícil de encontrar. Para quem não sabe, RSS é “relação séria e sadia”. É óbvio que se trata de uma relação amorosa e não um “ficar” ou “pegar” alguém.
Aliás, esta história de “ficar” nos dias de hoje é muito interessante. A moça fica com o moço mas não é um compromisso. É só um “ficante”. Saem juntos ao teatro e cinema. Dão uns amassos. Transam. Até vivem na mesma casa, mas não é uma relação seria. É som um “ficar”.
Mas na hora de assumir um compromisso ou namoro, não rola. Ele ou ela fogem da relação. Só querem curtir a vida. Em geral a desculpa é que não estão prontos para um compromisso sério ou querem mais liberdade.
Aí me pergunto: se estavam sempre juntos numa relação amorosa dita ”ficantes”, qual a diferença de assumir esta relação oficialmente e não começar a namorar?
A resposta talvez seja fugir. Fugir de compromissos. Fugir da relação estável. Fugir da palavra amor.
Não sou puritano e esta historia de “ficar” com alguém por uma noite ou um período existe há séculos. Só que era uma relação pontual. Se os encontros continuavam virava uma “relação escusa”.
Eu ainda prefiro as relações à moda antiga, de uns 10 ou 20 anos atrás (que de antigo não tem nada). Quando um casal começa a avançar o sinal da paquera, em geral começa a namorar. Mesmo se dura somente alguns dias, mas era um compromisso. Era um namoro. Tinha outra pegada. Tinha cumplicidade, afeto e paixão. E tinha o principal: amor.
E é esta “mistura" que as pessoas buscam hoje nas relações: amor + cumplicidade + honestidade.
Voltando a minhas “clientes amorosas” que buscam um parceiro e relação estável, elas dizem que não há mais esta história de namorar primeiro. Antes de namorar tem que pegar ou ficar. Aí talvez role um namoro. E talvez casar e juntar-se.
Será mesmo? Ou será um padrão ou moda? Da mesma forma que estas “moças casamenteiras” reclamam que não há muitos “caras” a fim de uma relação séria, encontro muitos casais que estão “juntos e misturados” ou casados da forma dita antiga: conhecer-se, paquerar e namorar.
A única diferença que vejo hoje é que não precisa muito para morar junto ou casar. Graças a deus. Não perdem muito tempo para serem felizes juntos.
Meninas, não inventem. Vocês gostam de meninos que estejam com vocês e te chamem de namoradas. Vocês gostam daquela música do Roberto Carlos que fala “eu sou aquele amante à moda antiga, aquele que ainda manda flores”.
Mulheres são como flores, têm que ser bem cuidadas e são muito delicadas. Alguém mudou esta verdade e trata a mulher e as relações amorosas em geral como fast food e deixam o resto por aí.
Se você deseja um amor de verdade e uma relação séria, queira antes de mais nada um homem de verdade e uma pessoa que te ame de verdade. E o mais importante, que te respeite e queira uma vida a dois.
Relendo o que escrevi percebo que Santo Antônio está trabalhando bastante sim.
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