Dia 16 de agosto é a data de celebração de São Roque. Nesta data, em 1295, ele nasceu em Montpellier, na França, cidade conhecida tradicionalmente pela inclinação à pesquisa nas áreas de medicina e esoterismo, tendo lá vivido e ensinado inúmeros alquimistas e o próprio Nostradamus.
Roque, como tantos jovens de família abastada, estudou medicina em sua cidade natal sem, contudo, concluir sua formação. Muito jovem, abandonou esse caminho para abraçar outra missão: doa todos os seus bens e parte em peregrinação para Roma.
A jornada se mostrou longa e proveitosa. Roque atravessou uma região afetada pela peste, esteve em muitas cidades assoladas, nas quais pode ajudar no trato dos doentes, auxiliando e operando curas. Em Roma, onde permaneceu três anos, também esteve com doentes contaminados pela peste, sempre em obra de assistência.
Na viagem de volta, ele mesmo se viu acometido pela doença. Em Piacenza, norte da Itália, com uma ferida grande na perna (um bulbo de peste), se escondeu num bosque, isolando-se para não contagiar ninguém.
Abatido, teria morrido de fome se não tivesse sido encontrado por um cão. O cão, pertencente a um homem poderoso, Palastrelli, roubava da mesa de seu senhor restos de comida que trazia até o bosque.
Ao notar, dias seguidos, o estranho comportamento do animal, Palastrelli decidiu segui-lo. Ao encontrar Roque, vendo que seu cão roubava para socorrer um doente, ficou bastante comovido e auxiliou dando suporte para que o peregrino se recuperasse.
Para celebrar essa intensa ligação entre santo e cão – seres marcados por bondade, dedicação, fidelidade – a iconografia de São Roque sempre o representa com o bastão do andarilho, acompanhado pelo querido animal peludo que carregava na boca um bocado de alimento, um pedaço de pão ou coisa assim.
Seja na riquíssima Basílica de São Roque, Veneza, numa medalhinha para levar no pescoço ou no mais modesto dos “santinhos” distribuídos na porta de uma igrejinha, a imagem dos amigos lado a lado nos enche de esperança: nos momentos difíceis, o socorro pode vir do inesperado.
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