Na minha longa prática no atendimento de pessoas, o que mais me surpreende, desde que trabalho na área do esoterismo, é a predisposição que as mulheres têm de serem apaixonadas e carentes.
Isso explica o excessivo número de consultas sobre o tema: dos sete aos setenta anos, todas acabavam sofrendo muito por amor, pelo menos uma vez na vida. Parece um padrão único, um modelo do qual poucas mulheres escapam, um impulso lânguido e desprevenido de se entregar a um sentimento tão forte, que pode até ser arriscado, dependendo do grau de critérios que a apaixonada conserva.
O ser mais jovem que me consultou na vida tinha sete anos, era uma garotinha, estava numa festa onde eu fazia atendimentos rápidos. Ela se sentou na grande cadeira de braços e, com ar compenetrado, confessou-me: “eu vim por que quero saber uma coisa”. E sorriu com uma linda “janelinha” entre os dentes superiores. A seguir, com uma objetividade que me surpreendeu, disse: “sabe, dona vidente, minha pergunta é: vou me casar? E ele vai me amar sempre?”.
Isso é um simples exemplo de como a mulher, desde muito cedo, tem necessidade de amar e sempre ser totalmente correspondida. Claro que a TV, o cinema, o imaginário coletivo, reforçam o padrão feminino, mas isso me parece ser apenas um detalhe.
A verdade é que todas nós apresentamos uma grande urgência em sermos amadas, todas temos medo de sofrer a perda do grande amor. Sofremos por antecipação, e também depois que estragamos tudo, por falta de tato, e paciência. Eu percebo que esse é um traço universal, está entranhado na alma feminina, ultrapassando assim um nível puramente psicológico.
Mesmo quando é possível supor que se trata de amor vindo de uma existência passada, é necessária uma resolução na vida atual, pois é só nessa instância que se pode superar as dificuldades, ou seja, sempre é uma nova oportunidade de resgatar a relação.
Quando se trata do amor a mulher, no geral um ser forte e capaz de lutar, fica frágil, se atrapalha, e perde, onde poderia ganhar. É da alma feminina, essa mesma alma de acaba por se atrapalhar, quando vive um grande amor.
Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.