Mulheres fortes e companheiras tornam a realidade mais humana, diz vidente

Foto: Getty Images

Gosto das mulheres da Bíblia. Elas são muitas, fortes e determinadas: Débora, Ester, Lila, Raquel, Rute. Duas delas são especiais para mim. Suas histórias de esposas virtuosas, companheiras das intermináveis jornadas de seus maridos, repletas de emoção e ensinamentos, alegram nosso coração. Sara, a mulher lindíssima de Abrão e Séfora, retrato do amor e da inteligência, primeira a compreender o sentido pleno do papel de Moisés. 

Resumo as peripécias das minhas duas heroínas como convite para que você busque a versão integral. Constate que relendo a Bíblia através das mulheres tudo muda, ganha outro colorido, diferente do tradicional e bem conhecido. Acontecimentos reencontram outros significados, novos entendimentos aparecem.

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No livro Gênesis podemos acompanhar a vida de Sara, evidência inquestionável de que por trás de todo grande homem há uma grande mulher. De família nobre (seu nome em hebraico quer dizer princesa) aceitou sempre acompanhar o marido em vastíssimas peregrinações pelos caminhos da Mesopotâmia, de Canaã e do Egito. Aos noventa anos gestou e foi mãe de Isaque, filho querido através do qual Deus estabelece a aliança perpétua com seu povo. 

O “Êxodo” é palco para a grandeza de Séfora (cujo nome em hebraico significa passarinho). Mesmo sendo estrangeira, de origens africanas, nascida numa nação menosprezada àquela época, foi o ideal de esposa inteligente e fiel, permanecendo ao lado do marido nas mais duras provações, presenteando-o com dois filhos, Gérson e Eliézer. Ela, vencendo inclusive equívocos próprios, é exemplo de superação e revela como as relações familiares certas podem ser importantes. 

Duas mulheres de coragem inquebrantável, fortes nas longas peregrinações, alegres na maternidade. Ambas embebidas em justiça, dignidade, fé e amor, opositoras convictas dos extremismos. Suas lições são luminosas: menos dogmas, menos disputas, menos misérias, menos infelicidades. A religião é um caminho para nos tornarmos felizes nesta vida e na outra.  

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Quando encontro nas experiências rotineiras uma mulher que carrega essa marca de Sara e Séfora, abençoada, sinto alento e sei que a humanidade, apesar de retrocessos ocasionais, ruma para sua evolução, para uma realidade mais humana e feminina, de mães e companheiras generosas. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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