Felicidade? O que pode trazer a felicidade? Bem, infelizmente estamos rodeados por algumas ideias calamitosas sobre a questão. Principal equívoco: acreditar que os prazeres capazes de gerar a felicidade devem ser incomuns, extraordinários.
Diante do falso poder, as coisas raras de serem vividas, difíceis de serem conquistadas, desprezamos as coisas comuns que, por incorreção, nos ensinaram ser medíocres e vulgares, aborrecidas e entediantes. Um erro que nos leva a procurar o singular, o exótico, o desconhecido – deixando somente as coisas caras entusiasmarem.
Há alguns anos, quando a escalada materialista estava ganhando força, um célebre violinista, dos mais admirados músicos eruditos em atividade, vestindo roupas despojadas, tocou longamente em uma das estações de metrô da capital americana. Para surpresa e espanto geral, foi praticamente ignorado, pouquíssimas pessoas pararam para curtir a artística maravilha sonora.
O que fazer? Como solucionar esse impasse e aumentar nosso índice de felicidade? O caminho é mudar a abordagem. Reaprender o entusiasmo na apreciação do mundo ao redor. Voltar a avaliar as coisas pelo que são e não pelo que representam. Deixar de lado nosso inútil preconceito quanto ao disponível, o comum, o familiar.
Devemos compreender, estamos usando uma escala errada. Precisamos nos libertar, despir a fantasia, deixar de considerar e admirar apenas o “grande” como válido. Nossa tarefa é reencontrar os encantos e os contentamentos do “pequeno” – suas emoções e gratificações.
Por que um cruzeiro seria mais divertido do que um passeio na praça? Mesmo uma viagem luxuosa para Bonaire em jato particular (esse sim um sonho daqueles, caríssimo!) pode ter menos intensidade de felicidade do que uma confraternização com os amigos.
Paradoxalmente o prazer, esse mensageiro da felicidade, não está apenas nas butiques extravagantes. Pior, escapa ao toque da mais leve interferência emocional, sem respeitar qualquer benefício dos camarotes vips, restaurantes finos, resorts cinco estrelas, seja lá o que o dinheiro possa comprar.
Está aí um bom exercício de avanço no amadurecimento pessoal e espiritual. Reflita, vivencie, assimile: não há cifrões na fórmula da felicidade! A lagosta ou a maçã valem o mesmo. O caviar ou o ovo valem o mesmo. O que interfere é o erro da ambição nociva, atrapalhando a apreciação do mundo – que necessita, como bem sabemos, do encantamento da Espiritualidade.
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