Vamos acolher mais um Natal que virá, como sempre, renovando parcelas de alegria. Ao redor do mundo todo, uma multidão de pessoas, a cristandade, comemora sua data religiosa maior. O espírito dessa festa, intenso, é algo que nos desperta a sensibilidade e nos faz pensar em antigas lendas, contos, histórias de ética, bondade e abnegação.
Para nós, no Brasil, é uma noite em que negamos o típico calor de dezembro, nossa tropicalidade. Fazemos nevar, sonhamos com lareiras aconchegantes, comemos dieta adequada ao frio intenso – assados, castanhas, avelãs –, penduramos, para decorar, meias de cano longo e esperamos um generoso trenó puxado por renas.
O Papai-Noel, no vermelho vivo das vestes de lã, multiplicou-se, virou uma multidão, sem direito à adaptação das suas roupas. Passa imenso calor com seu gorro polar, botas e gola de pele de animal, as longas barbas brancas úmidas de suor que desce da testa.
Armamos a árvore e montamos o presépio em busca de uma experiência divertida, da proposta de unir a família num halo de paz, amor e, principalmente, esperança.
Quanto mais perto da noite de Natal, maior a curiosidade pelos presentes. A preocupação com a perfeição da ceia, a trabalheira das compras e preparativos finais cresce num ritmo apressado e frenético. É momento de tormenta. Trânsito caótico, correria, vai e vem desenfreado de pessoas com sacolas e caminhonetes de entrega.
A festa é tão importante que acaba sendo obrigatório que dela participem todos. Geralmente é oportunidade para unir os familiares, promover reencontros. Gente que teve algum desentendimento pode então acertar desculpas e perdões. Olhares raivosos se transformam em risadas, distâncias são superadas com fraternos abraços.
Vale a pena? Claro que sim. Nota-se que um número bastante expressivo de pessoas não religiosas, inclusive muitos não seguidores do cristianismo, acaba por se sensibilizar com a data. Envolvem-se com a magia, montam também suas árvores, acendem luzinhas piscantes, convidam familiares e entes queridos para o típico peru com farofa. Por que será? Talvez porque nesse momento o carisma é tão grande e o nascimento de Jesus tão especial que tudo se justifica.
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