Empatia. Disso precisamos. É triste, mas parece que as pessoas estão perdendo o orgulho pelos sentimentos dos outros. Uma pena porque nossa essência boa e simpática é a mais pura das manifestações da alma, razão maior para justificar os dons da vida.
Uma realidade na qual a capacidade de entender imediatamente o que o outro sente esteja comprometida, onde o poder de refletir a mente alheia esteja perdido, seria desastrosa. Esse processo de reconhecimento instintivo do próximo, base das decisões éticas, é fundamental. Sem ele, passaríamos a abordar todo mundo como mero objeto, e não sujeitos participantes do imenso mosaico do destino.
Esse caminho equivocado e egoísta leva a paragens desagradáveis, situações em que não somos mais capazes sequer de conceber o que nós próprios sentiríamos ali. É vertiginoso salto no vazio, despencar no abismo de não saber mais o que pensar. Comprometer a ideia de como as coisas nos afetam, perder as referências fundamentais e a importante capacidade de evitar qualquer injustiça.
O processo de empatia é justamente o inverso disso tudo. Antes de amar ocupando-se dos outros, realizamos um treinamento em nós mesmos. Antes de vencer a indiferença para com aqueles que nos rodeiam, é conosco que precisamos dialogar, traçar princípios e fechar acordos que serão regras para trocar com o mundo externo bondade e emoção. Concebendo que toda a ação com os outros, supõe primeiro uma ação desejada somente para si, vamos entender porque a empatia será a cartilha que ensina e aprimora nossas capacidades de afeto e doação.
O outro lado da empatia, acima desse necessário e óbvio respeito incondicional que sublinho, é a motivação que ela estabelece com atos de caridade e ajuda. O interesse em acolher os sentimentos das outras pessoas é o primeiro passo para responder de forma mais intensa a qualquer necessidade, uma inclinação para ajudar efetivamente, na prática, com ações de fato.
Os empáticos, desejando que as pessoas se sintam melhor, mesmo com o próprio sacrifício, são pessoas especiais para o mundo. Proporcionam sensações boas para todos: para quem recebe ajuda, em um contexto que acaba sendo influenciado pelos gestos valorosos e para ele mesmo, harmonizando com sua vocação.
Como recompensa pela dedicação, nosso espírito faz com que nos sintamos bem ao sermos bons com os outros, um delicioso calor que brota da caridade. Como se diz usualmente: “é melhor dar do que receber”.
Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.