Num primeiro momento a palavra assustou um pouco — percebi que foi recebida com um leve sobressalto —, mas, depois, a minha querida cliente entendeu tudinho e direitinho do que eu tinha para explicar. Informações e esclarecimentos para que ela pudesse se posicionar corretamente em relação ao que acontecia. Perispírito, era disso que se tratava.
O perispírito é uma emanação vibrátil da energia espiritual, que cada um de nós comporta desde o nascimento. Trata-se de uma espécie de camada, que é similar ao corpo físico, uma espécie de conteúdo tênue, imperceptível do ângulo material, no qual a presença energética é intensa.
Ao longo da vida, seguindo variações de humor e estresse, obedecendo grande número de condicionantes — idade, equilíbrio interior, momento de vida, tranqüilidade afetiva, etc. — o perispírito pode se expressar num campo vibracional, que funciona como um imã, atraindo circunstâncias necessárias e predeterminadas para nosso crescimento pessoal.
Algumas vezes, fugazmente, ele pode se propagar com surpreendente força, atraindo algo ou alguém, que de repente se impõe à nossa experiência, mesmo que se queira evitar. Em geral, matéria sutil, ele se mistura com a expressão física da pessoa.
Outra característica interessante é haver diferentes reações que são emanadas pelo perispírito. Cada um de nós, involuntariamente, expõe um ou outro tipo. Uma notícia ruim, por exemplo, muda imediatamente o registro do nosso perispírito; da mesma forma, um contentamento, que também gera alterações.
Ao longo da vida amadurecemos espiritualmente, armazenando dados e emoções, que ficam registradas no perispírito, formando uma memória espiritual, que nos conduz ao caminho inevitável, seja ele bom ou não.
Ao nos aproximarmos de outras pessoas, em número pequeno ou em multidão, colocamos nosso perespírito em contato com os demais. Muito raramente dois perespíritos gêmeos se encontram. Quando temos a oportunidade de racionalizar sobre o acontecimento, costumamos dizer: “nossa, mal te conheci e parece que somos amigos há tanto tempo”. Troca entre perispíritos próximos gera, corretamente, sensação de empatia.
Com minha cliente se passou exatamente isso. Um novo colega de trabalho acabava de assumir uma diretoria na empresa e o simples aperto de mão de boas-vindas, protocolar, segundo ela me relatou, fez com que as suas pernas tremessem. Quando se encontravam pelos corredores ou na máquina do café, à medida em que a distância física encurtava, uma onda de calor subia pelo rosto e orelhas dela. O “beijinho social” parecia um pequeno choque. Não era paixão, ela, casada há sete anos, já tinha passado por uma paixão-maremoto e sabia bem do que se tratava. Agora era algo diferente da atração física, do desejo carnal.
Um encontro desses é muito raro. Minha cliente dedicou-se empenhadamente para dominar a força selvagem desse enlace de almas, canalizou a energia positiva para construir uma sólida amizade com o colega. Amizade intensamente correspondida e bastante útil para a vida de ambos.
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