Riqueza da alma é o nosso maior patrimônio

Vidente destaca a importância do aprendizado da sinceridade do viver

4 mai 2016 - 18h58

Precisamos aprender sempre. Cada passo que damos na vida é uma importante oportunidade para aprimorarmos nossa capacidade de crescimento espiritual. Ventura e adversidade são duas grandes mestras, mesmo que, sem dúvida, ambas cobrem caro por suas lições.

Esse aprendizado do qual falo, substancial, é aquele que se inicia quando a pessoa compreende existirem dois pesos e medidas rodeando sua vida.

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De um lado ficam as coisas provisórias, bens e esforços ligados às laboriosas vigílias, aquilo tudo que é deixado quando partimos. O aprendizado dessas coisas materiais é relativamente fácil e desimportante. Infelizmente, para muita gente, é o único que merece atenção e dedicação.

Foto: Rob Stothard / Getty Images

Do outro lado estão as aquisições verdadeiras, coisas que podem ser conseguidas em vida e serão levadas na morte. Trata-se de conjunto de valores que expressam uma vida bem aproveitada. A doçura, a paciência, a resignação, a integridade, a coragem, a justiça, bens que armazenamos na alma e que nos enriquecerão para sempre.

Olho ao redor e vejo desperdício. As pessoas trabalham pouco para se esclarecerem interiormente; estudam a natureza humana para poder falar dela com sabedoria, mas não para se conhecerem. Do aprendizado que indico, fundamental é seu valor legítimo: que cada um saiba retirar dele o que é importante para uso próprio, que cada um saiba se alimentar dele com a seiva do espiritual.

Afastando-se das seduções vazias do materialismo, o espírito pode renovar esperanças, abraçar no amor os interesses dominantes e inclinações eternas. A sociedade e suas pompas, enchendo o coração de desejo e cobiça, abandona o importante, despreza o que tem mais valor: a união e o amor.

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Assim, para ampliar nossa consciência mística, não faz mal de vez em quando um pouco de solidão. Renunciar ao mundo para um pequeno retiro de paz e quietismo. Um ou dois dias de afastamento, longe de televisores e celulares, compromissos e agendas, são verdadeiros bálsamos para renovar nosso entendimento naquilo que importa.

Programe-se para, quando der, assim que possível, um pequeno recesso. Um domingo ou final de semana. Com todo esforço e atenção se afaste do cotidiano. Renuncie por 10 ou 12 horas ao mundo: desligue os eletrônicos, evite contatos, centralize sua mente em você e nada mais.

Se gostar da experiência, pode repeti-la algum tempo depois, alongando para maior número de horas de tranquilidade. Você notará como se trata de bela oportunidade para aprender coisas, renovar a sinceridade do viver, a lembrança e a confiança nas coisas que enriquecem a alma com bens que ela possa carregar consigo quando libertada desse corpo, vendo a verdade sem véus.

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Fonte: Terra
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