O inverno já está próximo e nesse perído do ano penso sempre na magia do fogo. Transcendental por definição. Na linguagem esotérica ele simboliza o portal dos reinícios, o renovador que está no coração do homem bem como no coração do Universo – doador de energia e calor.
Com sua intensidade – luz e brilho –, crepitação, fulgurância, agitação, turbilhão, ele carrega todas as indicações simbólicas que nos remetem à revolução, às forças dinâmicas da natureza sempre presentes, sempre em mudança.
Muitos casos que tive a oportunidade de atender no meu consultório de vidência, indicavam a “parte do fogo”: purificação espiritual em regime de transformação completa – plena e absoluta. Dissolver para permitir que, num momento posterior, girando os ciclos de destruição e criação, tudo se resolva, se refaça: a destruição do velho e edificação do novo.
Você também consegue, nos seus exercícios esotéricos, fácil entrosamento simbólico com esse elemento fundamental de doutrina mística, enriquecendo seu diálogo com as faculdades da alma, abrindo oportunidade de reordenamento e reorganização dos humores e temperamentos.
Sabe aquela branda calmaria que vem após a tempestade? Bem, a cerimônia doméstica da lamparina de óleo é portadora, exatamente, dessa tranquilidade. Metaforicamente está associada àquele momento em que a fogueira mais violenta já se consumiu (as atividades do dia transcorrido), resta uma luz tênue e o bom calor emana das brasas, aconchegando-nos e protegendo-nos espiritualmente para uma noite de repouso, tempo para recarregar as baterias e recompor as coisas.
Como proceder? Você vai trabalhar com o elemental da salamandra em escala reduzida (e, óbvio, tomando as precauções de segurança necessárias). A chama que precisará manter acesa é mínima. O melhor é utilizar aquelas lamparinas que são alimentadas com óleo de cozinha, fáceis de serem encontradas no comércio, simples pavio preso à cortiça para flutuar.
Depois de um dia complicado ou na véspera de uma data desafiadora, acenda a lamparina. Deixe para quando já tiver feito tudo que precisava – banheiro, tv, telefonemas, acertos para o dia seguinte, copo d´água, etc. Importante é apagar todas as luzes, embarcar na cama e, como último gesto físico (de sentido mecânico, prático), acender a pequena chama que vai acompanhar a noite até novo alvorecer.
Deixe a luzinha próxima. Eu gosto de mantê-la na cabeceira. Sua intensidade é suave e não incomoda. Ela mansamente abrandará os impulsos e impetuosidades, tranquilizará a pressa e a impaciência, equilibrará as emoções promovendo intensificação espiritual. A receita é simples e fácil, sem deixar de ser poderosa.
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