“Você é o culpado?” Trata-se, como facilmente se percebe, de uma pergunta incômoda e por isso mesmo, evitada ao máximo. Das circunstâncias mais simples até as grandes decisões, sempre que alguma coisa dá errado, tendemos a procurar um culpado, um bode expiatório, uma justificativa que nos isente de qualquer erro, mesmo que nossas atitudes não tenham sido neutras.
Até quando não temos intenção de julgar, é difícil manter posição impessoal, como se a coisa não fosse conosco, principalmente em situações que envolvem dados que nos desfavorecem. Como é difícil para o ser humano exercer a autocrítica! Quantas vezes nos defendemos das nossas reais responsabilidades! É necessária grande maturidade para que qualquer um de nós analise sua atitude e diga: “fiz besteira!”
Na verdade costumamos ter mais desculpas bem formuladas do que maturidade crítica. Isso talvez ocorra porque somos, por instinto, muito pretensiosos, donos da verdade e nos revestimos de esmerados cuidados para salvaguardar as aparências, o que pode anular nossos critérios. Portanto não é fácil assumir ou reparar algum mal que causamos aos outros, mesmo que involuntariamente.
Pior do que não enxergar as próprias posições, é passar pelo “julgamento” de outra pessoa, e ser acusado de não assumir uma culpa improvável. Nada pode nos fazer mais mal, causar pior mágoa, ou até raiva, do que nos cobrarem equívocos que se cometemos, não o fizemos sozinhos. Assim como nós mesmos, as demais criaturas têm também grande dificuldade em admitir seus erros.
Assumir uma culpa é o primeiro passo para que nossa trajetória se invista de sentido, porque só se pode consertar aquilo que se admite quebrado, aquilo que nos dá a lucidez para o longo caminho da regeneração e do perdão mútuos.
Para isso é que estamos aqui, revestidos dessa nossa expressão humana: aprender a ter melhor consciência; perceber com clareza falhas, nossas ou alheias; compreender em vez de julgar. Aceitar nossas falhas e encarar a verdade é a forma mais célere para ampliarmos nossa evolução astral.
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