Essa época de virada de ano, com todo peso simbólico que carrega, faz despontar uma extrema ambiguidade de sentimentos e emoções, coisas boas e más.
Para alguns, o Ano Novo é fonte da maior alegria. Para outros, ele revela, numa intensidade acima do habitual, solidão e desamparo. Com dor, asfixiadas, tantas pessoas pensam, sentem e chegam mesmo a pedir: “Quero um remédio para minha vida”.
O colorido piscante e apetitoso das festas, época obrigatória de celebração, pode expor, em muitos casos, o seu oposto, a tristeza em tons monótonos e sombreados. Para muitos, a alegria desses dias, com hora marcada, atrelada ao consumismo, bastante artificial, expõe a pior verdade que precisamos encarar: a fragilidade das relações sociais, o enfraquecimento dos laços humanos, o comprometimento da saúde física, mental e espiritual.
A aflição cresce na medida em que cresce o desejo de pertencer. Seguimos ansiando pelo coletivo (gerador de nexo e sentido de viver) numa época que valoriza apenas o individual, o exageradamente individual, o individualista, o individualismo.
A cada ano, e penso que o próximo não será diferente, atendo e ajudo uma porção de gente que carrega esse sofrimento: lutar contra a dissolução da família, o comprometimento das amizades, a deterioração das relações no trabalho, no amor, no mundo afora.
São apaixonados pela vida, mal adaptados diante dos desafios mesquinhos que se tornam cada vez mais corriqueiros, desorientados, perdidos no labirinto da solidão. Querem aprofundar a troca com o Universo, mas acabam barrados por forças egoístas que se infiltram até os menores capilares.
Conheço o fio condutor, a rota de saída. Contra a solidão proponho o crescimento espiritual voltado à autoestima. Devemos opor ao ódio a força da alma (manancial de secretas energias). Enfrentar com a pureza da nossa missão e destino a violência e a falta de carinho, o ódio e o desprezo, a intimidação e a reprovação.
O crescimento espiritual, sigo comprovando, desvia as energias autodestrutivas, gera uma quantidade enorme de amor, consolida a aventura de existir e eleva-nos aos mais altos patamares. Não é exatamente o que precisamos para 2016 e os anos vindouros?
Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.