Vivemos numa época cheia de emoções. Tão plenas que, temo, sobre pouco tempo e espaço para outras coisas, como, por exemplo, uma das mais elevadas de nossas aspirações espirituais: a serenidade. Quase sempre estamos rodeados de barulho e agitação. Quando podemos desfrutar um pouco de nós mesmos? Da liberdade de um pouco de solidão?
Muito atraso espiritual espalhado pelos cantos. Muito trabalho para os grandes espíritos de luz realizar. Tanta gente chorando. Tanta gente maldizendo. Quanto falta, por exemplo, para entendermos que nenhuma riqueza é o bastante? Para compreendermos que comida em excesso faz mal? Para termos certeza que os exageros são fardos pesados demais? Compreendermos o quanto atrapalham na dinâmica de marcha e progresso espiritual que empreendemos agora e depois de nossa passagem?
Afogadas em desejo e busca voraz de riquezas, é grande o número de pessoas atormentadas. Aquilo que numa medida equilibrada é um bálsamo, torna-se aflição, causa de dores e feridas. O dinheiro é um tormento que adere equivocadamente às nossas vidas, podendo ocupar o lugar central que deveria acomodar outros valores e interesses menos mesquinhos. É pena que coisa baixa, o aprisionamento nas falsidades das coisas materiais, seduza tantos desavisados.
A riqueza e a abundância não significam ou representam mais do que podem significar ou representar. São apenas e simplesmente relações com aspectos materiais, incapazes de trazer – como costumeiramente ansiamos – felicidade e tranquilidade (benesses espirituais). Aliás, muitas vezes, ao contrário, é com brutal comprometimento dessas dádivas do espírito que se locupleta a vivência do possuir cada vez mais em inesgotável apetite acumulador.
Aquele que pode perder muito vive numa intranquilidade proporcional exata em relação a tudo que pode perder. A lição é não ultrapassar limites, não permitir que um querer regredido, infantilizado, inaplacável, interfira na nossa capacidade amadurecida de lidar com o mundo e a vida. Um acúmulo de coisas costuma ser inútil. Ao invés de cumprir uma função auxiliar, sobrecarrega, embota o espírito, não vale a pena.
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