Às vezes me pergunto por que entro nessas encrencas. Definitivamente, escrever sobre o poder das mulheres é um ato de loucura ou coragem. Afinal, não está claro que elas são poderosas? Teoricamente, sim. Mas, mesmo sabendo que as mulheres estão próximas da perfeição de Deus e do Universo, muitas ainda não reconhecem sua força e poder no mundo.
Mulheres têm uma força criadora tremenda. Elas podem mudar o rumo de uma guerra ou começar uma guerra se precisarem chegar a um objetivo. Além disso, não mexam com elas na TPM, pois estão treinadas para machucar.
Mas, no oposto do poder de guerreiras que são, vejo muitas mulheres perderem as forças diante de fragilidades do coração. Amor mal correspondido, traição ou sofrimentos emocionais fazem uma mulher forte virar uma criança perdida e chorona. Contudo, quando acordam e cicatrizam as feridas, as guerreiras voltam mais poderosa e cheias de vida para novos amores. Caso voltem vingativas, saia da frente.
Será que as mulheres são poderosas hoje em dia? Para Perenna Key, de 24 anos, não há duvidas de que sim. Segundo a Revista Forbes, ela é a pessoa mais jovem com bilhões no banco. De Hong Kong, Perenna tem uma fortuna estimada em US$ 1,3 bilhão, com participação de 85% na Logan Property Holdings, uma companhia com foco em negócios de imóveis residenciais.
Continuo a indagar-me sobre o que escrever a respeito do poderoso mundo das mulheres. Falar que o Feng Shui é 90% feminino ou que seu sucesso é obra exclusiva das mulheres já foi tema de artigos nos anos anteriores. Talvez falar de um espaço montado só por mulheres, do resgate da sua essência feminina, possa ser um tema interessante ou uma experiência energizante.
Tudo começou quando há oito anos, Vera, minha mulher, montou sua escola de ioga. Seu público alvo sempre foi mulheres, e ela trabalha com diversos processos terapêuticos e holísticos. Na época, pensei que por ser uma escola de ioga seriam oferecidos serviços e cursos na linha de shiatsu, acupuntura, mantras, florais, reiki, alimentação natural e coisas do gênero. É o local onde também ministro meus cursos de Feng Shui, cujo público é feminino.
No entanto, minhas ideias ficaram confusas quando outro dia a Vera me apareceu com um novo evento: encontro espiritualista onde as pessoas possam trabalhar suas potencialidades doando e recebendo energia para o grupo. E claro que 90% das inscritas eram mulheres. Achei estranho e interessante, mas com mulher não se discute.
As surpresas não pararam aí. Agora ela veio com uma outra novidade: dança livre para mulheres – descubra seu prazer, feminilidade, liberdade e saúde pela dança. E já me avisou que há mais projetos exclusivos para o público feminino.
Aí não deu mais pra ficar calado e tive de me manifestar: “Vera, você tem uma escola de ioga e terapias alternativas. Que história é essa de curso de dança e grupo de mulheres? Os mestres hindus vão se revirar nos túmulos se já não estão irados. Vera, então, na sabedoria de mulher, me explicou: “você já reparou como as mulheres têm reclamado muito de cansaço, dores, depressão, falta de perspectiva, de tempo e de amor? Como muitas parecem desanimadas e outras agitadas demais por excesso de obrigações e responsabilidade? Reparou como a obesidade, fibromialgia, miomas e ansiedade tomaram dimensões de epidemias?”. “Claro que reparei, meu público é feminino”, respondi.
No que minha mulher continuou: “chega uma hora em que temos de admitir que remédios homeopáticos não resolvem integralmente nossos problemas e que as terapias complementares também já não estão dando conta de tudo. Sabe por quê? Porque para nossa cura e realização como mulheres está faltando um ingrediente fundamental, o prazer. Não pode existir saúde sem prazer, sem emoção, sem alegria, sem descontração. Remédios, agulhas, loções, poções mágicas, rezas e terapias não têm efeito em um ambiente triste, sem energia e sem motivação.
Nem sempre é o papo cabeça que resolve. Às vezes, colocar uma saia rodada, tirar o sapato de bico fino e rodar, dançar e cantar pode fazer milagres. Porque nessas horas não existe o certo e o errado e sim a espontaneidade, a livre expressão do corpo, a sensualidade. Parece que nós, mulheres, só usamos o espelho para descobrir rugas, celulites e gordurinhas localizadas, parece que nos vasculhamos para achar o feio, o fora do lugar, o inadequado. Temos de parar com isso.
As mulheres não sabem ou não acreditam no próprio potencial, na força ou poder que têm. Quando estão no grupo trabalhando para o próximo, todas se sentem poderosas e parte do todo. Sentem a energia fluindo e recebem as manifestações. Se sentem poderosas e notam o resultado no dia a dia. Acreditam mais em si.
Será que as mulheres deste do grupo vão mudar 100% suas vidas? Não sei. Se acreditarem no seu poder e mudarem pelo menos 10%, irão mudar o mundo ao redor.
Você, Franco, trabalha com harmonização de ambientes e coaching, mas me diga como alguém que não está contente consigo mesma, que não está confortável dentro de seu próprio corpo, pode organizar uma casa harmoniosamente? Se o Feng Shui fala em ter uma casa em harmonia, é preciso que sua dona esteja em harmonia também”, completou.
Depois dessas palavras, mais uma vez eu tive de me render à sabedoria de minha mulher. O poder das mulheres está dentro da essência feminina de cada uma.
Desde e os tempos de Eva até as Helenas de hoje, as mulheres têm poder e administram com sabedoria a Terra.
Se você que acaba de ler e não concorda, ou você não é uma mulher poderosa ou não acredita no seu potencial. Desejo, então, a todas as mulheres não só saúde, respeito e prosperidade, mas principalmente muito poder e sabedoria.
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