Estamos sempre em busca de uma melhora em nossas condições, seja no corpo físico, no trabalho, amor ou nas finanças. Talvez, se a busca pela melhora íntima fosse tratada com a mesma intensidade, certamente não seria tão difícil conseguir aquele aumento ou ainda viver um relacionamento amoroso harmônico, leve e gostoso, além de ter uma autoestima elevada. Sim! Pode parecer uma pancada logo no início, mas fique firme, essa mensagem pode tirar a venda dos seus olhos e te auxiliar a melhorar a sua vida em seus momentos difíceis.
Momentos difíceis e seus motivos
Somos seres sociais e viver em sociedade não é fácil, pois o tempo todo estamos lidando com as diferenças. Mas, é justamente esse contraste que nos aponta a necessidade de questionarmos melhor a nossa vida, motivações e atitudes que constituem as nossas condições. E é nesse limiar que devemos abrir os olhos e ter cuidado para não sermos dominados pelo orgulho, vaidade e prepotência na busca de sermos melhores que os outros e, às vezes, melhores que os nossos próprios pais (sem considerar que eles também tiveram seus limites).
Estudando o passado, na crescente capitalista o significado social é o que importa. É aquela velha história: nós compramos carro, mas não compramos casa - afinal, o carro todos veem, já a casa não abrimos para qualquer um. É tranquilo manter um bom desempenho nos primeiros dias de trabalho depois de um tempo desempregado -mas, difícil é se manter motivado conforme o tempo passa. Ou ainda, é fácil se apaixonar na primeira impressão, mas o desafio é manter o interesse ao longo do papo, dos dias, dos anos.
Saber onde estão os nossos porquês para os momentos difíceis é o começo de tudo. A partir disso, já temos a noção se nessa jornada a motivação, a consistência será forte o suficiente o bastante ao longo da conquista - ou, se abandonarmos a ideia ao longo do caminho no primeiro desafio ou dúvida. Saber os seus porquês te proporciona objetividade, certeza e principalmente empoderamento na sua jornada. Por isso, não te leva para longe de si e nem suga a sua energia.
O inferior e o superior
Reconhecer a sua inferioridade é tão importante quanto reconhecer a sua grandeza. Quando destinamos um tempo de qualidade para nos auto avaliar, estamos descobrindo os nossos instintos e isso é o primeiro passo para aprender a conviver com eles, de modo que isso não te distancie dos seus objetivos e não te prenda nas histórias do passado. É sobre se entender para não se sabotar. Todavia, quem consegue controlar os seus instintos e desejos o tempo todo?
Haverá momentos difíceis em que não vamos conseguir nos manter firmes e precisaremos conviver com isso. Somente com a sabedoria e compreensão de nossa inferioridade estamos resguardados com a inteligência de saber o momento de abrir mão do inevitável, deixando de remoer o passado e se prender no cenário limitado, escasso.
Somente por meio da consciência da nossa inferioridade aceitamos a perda do que antes era controle, mas que foi impactado e assim ficamos livres para continuar o controle de formas mais sutis, o único modo verdadeiramente possível, o controle de nós mesmos.
A Força
Na carta do tarot, "A Força", encontramos a referência desse movimento. Uma mulher angelical coloca suas mãos com delicadeza no ponto mais perigoso do animal, dominando-o com confiança. É a representação do ser superior, o ser pensante e racional que toca e domina o instinto, o ser primitivo. O sutil controlando o bruto.
Essa carta nos mostra que o poder e o domínio não acontecem só pela forma material, mas também pela autoconfiança, autoestima, amor-próprio e atributos da alma. Conhecer os próprios demônios e direcioná-los para ações construtivas é autocontrole, o que é importantíssimo antes de toparmos quaisquer coisas.
Essa carta nos presenteia, apontando a importância de nos dominar, aprender que tudo é lícito, mas nem tudo nos convém. As nossas resoluções se tornam mais simples quando os nossos instintos emocionais estão dominados. Na dúvida, olhemos com atenção ao redor, saindo um pouco do centro dos nossos momentos difíceis, pois certamente vamos nos deparar com pessoas que estão em condições muito piores, mas que estão mais em paz, contentes e felizes do que nós.
Para acalmar nossas aflições, mas com muito cuidado para não utilizarmos como muletas, Sêneca eternizou uma vez que pobre não é o ser humano que tem pouco, mas o que anseia por mais. Qual é o limite adequado para a riqueza? É, primeiro, ter o que é necessário, e segundo, ter o que é suficiente.
Texto: Felipe Bezerra é Tarólogo, Astrólogo e Terapeuta Holístico na Origem Therapias.
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