As coisas não vão muito bem, você sabe que algo precisa mudar. Tem consciência de que fazer tudo do mesmo jeito não vai gerar resultados diferentes. Você reflete e entende o que precisa fazer, realizar e até como deve ser feito. Mas, na hora de ir para a prática, a coisa não vai, parece que tem algo travando tudo. Já aconteceu isso com você? Quem nunca, não é verdade? Talvez, o que esteja bloqueando esse processo seja a falta de coragem.
Ter coragem não é não ter medo ou não sentir aquele frio na barriga, mas não deixar que esses aspectos sejam determinantes sobre as experiências que a vida pode proporcionar, não ficar refém deles, é ir com medo mesmo.
Em uma análise etimologia, a palavra coragem significa agir com o coração. Portanto é algo que vem de dentro e, portanto, não pode depender de estímulos externos, incentivos dos outros ou do apoio de alguém.
Então, o que fazer para extrair a coragem que há dentro de nós?
Nadar na autoconfiança
A autoconfiança é o primeiro passo. Imagine se o mundo oferecesse as mesmas condições para todas as pessoas e todas elas tivessem os mesmos potenciais. O que faria com que uma se destacasse é o quanto ela confia em si mesma, o quanto acredita que é capaz de conquistar o objetivo.
Você nunca conheceu alguém extremamente talentoso, mas que não consegue progredir? Talvez essa pessoa não faça os movimentos necessários para isso por não confiar em seu próprio potencial e se amedrontar diante das coisas.
Quem não tem autoconfiança provavelmente já viveu situações de fracasso que marcaram sua existência e, agora, o medo de falhar e viver aquela dor novamente vibra de maneira tão intensa que a mantém estagnada.
Vale a reflexão de que você já não é aquela pessoa, já teve muitas experiências e tudo isso foi mudando quem você é. Além disso, tem o fato de que todo ser humano erra. E essa conscientização é mais um passo para se extrair a coragem que há dentro de nós.
Assumir a imperfeição
Querer não cometer falhas nunca é uma manifestação do orgulho mal-utilizado. Que tal encarar os tropeços como aqueles pesinhos da academia que, mesmo parecendo obstáculos, são instrumentos para nos fortalecer a cada dia? Um erro no hoje é uma lição para o amanhã.
Mais um aspecto do orgulho doente é não achar-se suficientemente inteligente, bonito, rico, bem-relacionado ou qualquer outra coisa que expresse uma limitação. Esse modo de ver o mundo mantém a pessoa no vitimismo ao invés de impulsioná-la a buscar o que almeja.
Romper com a timidez
A própria timidez, muitas vezes, passa do ponto de instinto de autopreservação para o desejo de evitar desconfortos a qualquer preço e torna-se um muro onde a pessoa fica escondida, se sentindo segura e protegida de um lado, e vendo as oportunidades de realização de outro.
Não é querer deixar de ser tímido de uma hora para outra, mas perceber que o mundo não gira em torno de você, que as pessoas não estão ligando para o que você faz ou deixa de fazer e que, na verdade, é você mesmo que está represando todo o seu potencial.
Confiar e querer progredir
Ter coragem e conseguir agir de acordo com o coração passa pelo despertar-se como um ser integrante de uma grande sinfonia do Universo, que é regida de maneira harmoniosa e integrada.
É descobrir que não é tudo sobre você ao mesmo tempo que tudo parte de você. Confiar nesse processo, nas engrenagens dessa sabedoria, e estar disposto a fazer a sua parte, da melhor forma, independentemente do que aconteça garante o progresso e a satisfação decorrente desse movimento.
Texto: Bia Albuquerque (@biaaterapeuta), terapeuta energético-espiritual, humanoterapeuta, psicanalista espiritualista, facilitadora do Círculo da Vida e ledora de baralho terapêutico
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