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Julgamento nas redes sociais, como não sofrer com isso?

Nas redes sociais são muitos os julgamentos e poucas as ideias que nos convidam para uma reflexão profunda; descubra como lidar

18 jun 2021 - 11h00
(atualizado em 17/3/2022 às 15h55)

Às vezes, usamos o nosso equipamento mental de maneira errada. Temos a expectativa que a mente fique quietinha por natureza, mas não é bem assim que acontece. Da mesma forma que uma criança corre pela casa, a nossa mente cria muitos pensamentos e cabe a nós decidirmos a qualidade desses pensamentos.

Com meditação e bastante treinamento conseguimos fazer com que a nossa mente crie menos pensamentos ou que esses sejam muito suaves. Por exemplo: há um tipo de pensamento que analisa, enquanto outro você percebe suavemente sua respiração ou algo que acontece ao seu redor. O primeiro tipo é muito inquieto, porque não chega à conclusão nenhuma e busca algo para ser concluído, apontado ou julgado.

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E, isto posto, chegamos exatamente no assunto desta coluna: o julgamento e as redes sociais.

Pensamentos não treinados serão julgamentos

A esmagadora maioria das pessoas que está olhando as redes sociais é porque está tentando fugir de alguma tarefa, do cansaço ou, talvez, querendo matar o tempo no ônibus. E a mente dessas pessoas está lá solta, como uma criança que corre. E, assim como saem fagulhas do fogo, a mente vai ter pensamentos e os pensamentos não treinados serão julgamentos.

Das pessoas saem julgamentos e, se elas não estão atentas, vão sair julgamentos mais absurdos, mais inusitados, mais desnecessários, menos ponderados e sem compaixão.

Para nós, dentro desse mundo gigantesco, parece que a nossa impotência diminui ao expressarmos nossa opinião numa mídia social, mas, a verdade, é que isso é uma pequena ilusão de poder. Podemos muito pouco julgando alguém que nem conhecemos numa rede social, por mais que isso exprima as nossas opiniões.

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Nas redes sociais são muitos os julgamentos e poucas as ideias que nos convidam para uma reflexão profunda
Nas redes sociais são muitos os julgamentos e poucas as ideias que nos convidam para uma reflexão profunda
Foto: PeopleImages / iStock

Mesmo que nós possamos acalmar a nossa mente e não sair julgando os outros, é loucura esperarmos que a maioria das pessoas também procure essa paz. A nossa caminhada em busca do silêncio passa por entender que grande parte das pessoas não está interessada nele e que elas vão rápidas e intensas julgando, falando, fofocando, espalhando, repetindo, contestando.

Da mesma maneira quando passamos em frente de uma casa onde os cachorros estão latindo muito e pensamos “que horror, quanto barulho, não vou mais passar aqui”, essa tem que ser a nossa postura com relação a uma mídia social. Quando passarmos por ela, esperarmos que lá tenham pessoas cansadas, pessoas que podem ter até bom coração, porém que deixaram os próprios pensamentos soltos e esses pensamentos saem julgando os outros como cachorros saem latindo ou tentando morder.

Não é para darmos valor. São poucas as ideias que nos convidam para uma reflexão profunda. Nas mídias sociais, tudo é muito raso. Mas qual é a sugestão, a solução? Para isso, vamos falar também sobre a sua autoestima.

Sua autoestima não pode se basear numa rede social

Sua autoestima não pode se basear no que uma rede social diz, em uma pessoa que lhe critica. Sua autoestima tem que estar baseada numa coisa muito mais verdadeira.

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A sua autoestima tem que passar por algo muito bonito, que é o seguinte: será que você aprova você? Ou será que aqueles que você mais admira amam você? Porque é isso que vai realmente lhe dar força e não a opinião de pessoas que estão distantes. Elas podem até ser populares e ter muitos seguidores, mas isso não conta.

Você precisa ser aprovado por você mesmo, você precisa ser amado por aqueles que você admira, mesmo que eles não lhe aprovem. E, a partir disso, você vai criando a sua autoconfiança. E veja como isso passa longe de uma mídia social.

Isso é baseado em você antes de dormir dizer “eu não acerto tudo, mas eu gosto de mim, eu aprovo quem eu tento ser, mesmo que eu não consiga”. Isso passa por você ao longo do seu dia decidir quem você mais admira no seu cotidiano e pensar “o que eu posso fazer para essa pessoa ter um melhor relacionamento comigo?”.

Quanto mais você estiver cercado e apoiado e, às vezes, até contestado em divergências, mas sempre amado por aqueles que você mais respeita e admira e, principalmente, por você mesmo, mais você tem autoconfiança e menos precisa passar em frente daquela casa cheia de cachorros ou daquelas discussões intermináveis em redes sociais.

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No fundo, esse é o segredo: está todo mundo buscando amar e ser amado e os likes, as aprovações, elas são uma minúscula amostra, um grão de poeira, perto de um amor maior, verdadeiro, que podemos ter por nós e que as pessoas que admiramos podem ter por nós. Busque o amor verdadeiro, não fique com a cópia.

As redes sociais servem apenas para termos uma leve ideia do que está se passando, mas o nosso coração não é para se informar nem para aplaudir, é para existirmos dentro dele e alimentá-lo com o que é bom, belo e verdadeiro, e não passageiro.

Namastê!

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