O ditado "onde se ganha o pão, não se come a carne" parece não se aplicar a grande parte dos brasileiros. Mas será que misturar trabalho e amor é uma boa ideia? Afinal, ciúmes, fofocas e conflitos de interesse podem surgir, criando um ambiente desconfortável para todos.
"O relacionamento amoroso no trabalho é uma realidade cada vez mais comum, e as empresas precisam estar preparadas para lidar com essa questão de forma ética e profissional. É importante criar um ambiente de trabalho saudável, onde o respeito e a transparência sejam valores fundamentais", explica o educador corporativo Rodrigo Lang, que também é co-fundador da Human SA, grupo educacional responsável por desenvolver habilidades humanas.
É proibido se apaixonar no trabalho?
A legislação brasileira não proíbe relacionamentos entre colegas de trabalho, desde que não haja subordinação hierárquica direta entre o casal e que a relação não prejudique o ambiente profissional.
"É fundamental que o casal comunique o relacionamento à empresa e aos colegas, evitando qualquer tipo de favoritismo ou conflito de interesses. Além disso, é preciso manter a discrição e o profissionalismo no ambiente de trabalho", destaca Lang.
E se o namoro no trabalho não der certo?
Rodrigo orienta que em caso de término do namoro no trabalho, é importante manter a maturidade e o profissionalismo. "Evite levar o drama para o ambiente de trabalho e procure resolver os conflitos de forma amigável. Se necessário, busque o apoio do RH da empresa", pontua o co-fundador da Human SA.
Abaixo, o educador corporativo dá algumas dicas para quem se apaixonou no escritório:
- Comunique o relacionamento à empresa: a transparência é essencial para evitar mal-entendidos e fofocas;
- Mantenha a discrição: evite demonstrações públicas de afeto no ambiente de trabalho;
- Separe o pessoal do profissional: não deixe que a relação interfira no desempenho de suas funções;
- Respeite as políticas da empresa: siga as regras estabelecidas para evitar problemas futuros.