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Observe esses sinais que indicam que você tem um chefe tóxico

Você aceita um relacionamento tóxico no local de trabalho? Saiba quais são os sinais de abuso

28 nov 2023 - 06h40
Observe esses sinais que indicam que você tem um chefe tóxico
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Um estudo realizado com gestores e profissionais de recursos humanos de 767 empresas do país, constatou que a saúde mental do brasileiro no ambiente do trabalho não está em seu melhor momento. Das 1.589 pessoas que responderam perguntas elaboradas pela startup, Conexa, um ecossistema digital de saúde, 87% afirmaram ter ocorrido afastamento em sua corporação por causa de doenças que afetam a mente do colaborador. Isso somente em 2023.

Boa parte desses casos acontece quando um líder tem um comportamento tóxico dentro da empresa. Segundo a advogada Adriana Belintani, especialista em saúde mental, os sinais são claros, mas nem sempre o colaborador percebe e só se dá conta dos abusos depois de ficar doente.

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“É aquele líder que chega metendo pressão, que manda mensagens cobrando atividades de trabalho inclusive nos fins de semana e alguns que chegam a proibir o funcionário de ir ao banheiro”, exemplifica a advogada.

Belintani diz que estamos em um mundo conectado no digital e, com isso, as pessoas estão deixando de lado as relações interpessoais que são muito importantes.

“Quando você não tem apoio do seu chefe ou ele te humilha, o estresse do dia a dia vai ficando cada vez mais difícil de aguentar e a pessoa adoece, até porque não é só o trabalho, se esse funcionários está com um problema em casa isso se agrava com um ambiente de trabalho ruim”, reforça Adriana.

A hora de ir à Justiça

Depois de identificar que está sofrendo abuso por parte de um superior, a orientação da advogada é que esse trabalhador acumule provas para conseguir ganhar a causa na Justiça.

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“A Justiça funciona com provas, então e-mails, mensagens, prontuários de psicólogos e psiquiatras e, principalmente, o testemunho de outros funcionários, podem ajudar muito o trabalhador que entra com uma ação contra a empresa”, diz.

A especialista explica ainda que saúde mental não se trata de benefício e, sim, a cultura de uma empresa. “Um chefe assediador e abusivo normalmente é tratado da mesma maneira por um superior e a corrente abusiva segue”, afirma.

O papel das empresas

Adriana Belintani tem experiência de mais de 20 anos no atendimento à pessoas  que têm a saúde mental afetada por conta de um ambiente de trabalho tóxico. Depois de suportar situações de humilhação, anos à fio, o trabalhador procura a advogada pedindo uma reparação financeira devido aos abusos sofridos nos locais de trabalho.

Foto: Luis Molinero / Freepik / Montagem Homework

Além disso, a especialista faz circuito de palestras  nas empresas para evitar que certas situações cheguem em um ponto em que as corporações precisem enfrentar várias ações trabalhistas por assédio moral, por exemplo. Segundo a advogada, nessas palestras ela deixa bem claro o que os líderes podem ou não falar ou como devem se comportar para evitar futuras ações contra a empresa.

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“Uma empresa tem que dar o exemplo, promovendo ações para proteger a saúde mental desses trabalhadores, falando sobre o tema e até abrindo um canal de denúncias para que as pessoas possa relatar o que está acontecendo”, afirma.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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