Uma das tarefas mais importantes do monge é aprender a ver o Divino em tudo. Há muitas religiões no mundo e uma coisa que elas ensinam é a onipresença do Divino. Ou seja, o Divino, Deus, Infinito, Universo, Consciência, chame como quiser, está presente em tudo.
No entanto, muitas pessoas têm dificuldade em entender esse conceito, porque acreditam que o Divino não está em todas as coisas. Acham que está na igreja, na sinagoga ou no templo, mas não em casa; que está no coração delas, mas não no coração do outro. E essa contradição é um grande engano.
Vermos o Divino em todas as coisas não é acharmos que tudo seja igualmente divino. Essa essência que a tudo permeia é mais evidente em algumas pessoas e mais escondida em outras, mas o Divino permeia todas as coisas. Entender isso é necessário para começarmos a ter uma outra postura na vida.
Enxergarmos o Divino em todas as coisas é uma potência transformadora, porque só assim deixamos de acreditar que fomos abandonados. Nunca mais nos sentimos distantes da essência que tudo abençoa, que tudo guia. Começamos a perceber que o nosso trabalho não é encontrar algo divino em nós, mas simplesmente expressar algo que todos nós já temos.
O onipresente está até naquele que consideramos o nosso inimigo. O inimigo, na verdade, não existe, é uma ilusão temporária, porque todos os seres estão crescendo e tudo em algum momento vai retornar para essa Luz, inclusive nós.