Ansiedade de separação em pets: saiba como reconhecer os sinais

Comportamento destrutivo, vocalização excessiva e sinais de estresse corporal podem indicar que o pet está sofrendo com o quadro

15 jun 2024 - 12h57
(atualizado às 14h08)

A ansiedade de separação em pets é um problema comportamental que ocorre quando o animal de estimação fica extremamente ansioso e estressado na ausência de seu tutor. Essa condição é frequentemente observada em cães, mas também pode afetar os felinos.

Ansiedade de separação afeta cães e gatos e pode gerar prejuízos para a saúde do pet
Ansiedade de separação afeta cães e gatos e pode gerar prejuízos para a saúde do pet
Foto: Shutterstock / Alto Astral

De acordo com a médica-veterinária Mariana Raposo, gerente de produtos da Avert Saúde Animal, o quadro é caracterizado por uma série de respostas físicas e comportamentais apresentadas pelo animal de estimação no momento em que o tutor se afasta. 

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"Com origem multifatorial uma série de situações podem levar ao surgimento do problema, desde experiências traumáticas, como abandono ou adoção múltipla, alterações na rotina, isolamentos por longos períodos, adaptação a novos ambientes, entre outros", explica ela. 

A síndrome afeta diretamente a qualidade de vida do animal, impactando também sua saúde física. O aumento dos níveis de cortisol (hormônio do estresse) e a liberação de adrenalina causadas pela ansiedade do pet estão associados à diminuição da imunidade, taquicardia, aumento da pressão arterial e alterações gastrointestinais

Desta forma, identificar os sinais dos transtornos relacionados à separação é fundamental para garantir o bem-estar dos animais. Para isso, a profissional listou algumas pistas que podem indicar que seu pet está sofrendo com o problema:

1. Comportamento destrutivo

Além de simplesmente mastigar móveis ou arranhar portas, observe quais objetos específicos estão sendo alvo do comportamento destrutivo do pet. Muitas vezes, eles escolhem itens que têm o cheiro mais forte de seus tutores, como roupas usadas recentemente.

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2. Padrões de vocalização

Preste atenção aos padrões de vocalização do animal. Latidos ou miados logo após a partida do tutor e que continuam por um período prolongado são sinais claros de ansiedade de separação em pets. Alguns animais podem até mesmo ficar silenciosos, mas isso não significa que não estejam estressados. É importante estar atento a qualquer mudança no comportamento vocal.

3. Comportamento hiperativo

Além de simplesmente mostrar-se eufórico quando o tutor volta, observe se o comportamento hiperativo é direcionado especificamente. Se o animal ignora outros membros da família ou visitantes, concentrando toda a sua excitação em você, isso pode ser um sinal de uma forte ansiedade de separação.

4. Mudanças nos padrões das necessidades fisiológicas 

Observe os padrões de micção e defecação do pet. Se o animal só apresenta problemas para realizar suas necessidades no local correto ou até mesmo só as faz quando o tutor retorna para casa, isso pode sugerir que o comportamento está relacionado à sua ansiedade de separação, e não a problemas de saúde física.

5. Sinal de estresse corporal

Além de seguir o tutor pela casa, observe outros sinais de estresse corporal, como lambedura excessiva, bocejos frequentes (que não estão associados ao cansaço), pupilas dilatadas e orelhas abaixadas. Esses sinais indicam que o pet está se sentindo desconfortável ou ansioso.

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6. Variação no comportamento alimentar 

A recusa em comer não é o único sinal de ansiedade de separação relacionada à alimentação. Alguns animais podem apresentar comportamentos alimentares compulsivos quando estão sozinhos, devorando a comida rapidamente como uma forma de lidar com o estresse.

7. Causas desencadeantes

Preste atenção às possíveis causas desencadeantes da ansiedade de separação em pets. Isso pode incluir coisas como pegar as chaves, pegar a bolsa ou vestir o casaco, que o pet associa a saída do tutor. Esses sinais podem desencadear mudanças comportamentais no pet antes mesmo da partida dos tutores.

"Compreender esses detalhes pode ajudar os tutores a reconhecerem os transtornos relacionados à separação de forma mais eficaz, garantindo que ele receba o suporte e o cuidado necessários para uma vida feliz e saudável" afirma Mariana. 

Como prevenir? 

A prevenção é a melhor forma de evitar o desenvolvimento do quadro. Para isso, é indicado habituar o pet a solidão desde filhote. Além disso, o tutor pode associar a sua saída a recompensas positivas, como brinquedos ou petiscos especiais. 

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Outro ponto importante é evitar saídas emotivas, sair de casa de forma calma e sem grandes despedidas pode reduzir o estresse do pet. "Com a abordagem correta, é possível ajudar os animais a superarem essa ansiedade e viver de maneira mais tranquila e equilibrada", finaliza Mariana

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