Saúde mental e pets: eles podem ficar depressivos?

Assim como nós, humanos, os animais também podem sofrer com a saúde mental Você sabia que os pets podem sofrer de problemas relacionados à saúde mental? Luís Felipe Kühl, médico veterinário e responsável técnico da clínica-escola de Medicina Veterinária do Unicuritiba, revela que, embora eles não expressem as emoções verbalmente, os pets podem apresentar sinais […]

20 set 2024 - 13h47

Assim como nós, humanos, os animais também podem sofrer com a saúde mental

Você sabia que os pets podem sofrer de problemas relacionados à saúde mental? Luís Felipe Kühl, médico veterinário e responsável técnico da clínica-escola de Medicina Veterinária do Unicuritiba, revela que, embora eles não expressem as emoções verbalmente, os pets podem apresentar sinais comportamentais que são parecidos aos de seres humanos.

Foto: SvetikovaV/Shutterstock Images
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Foto: Revista Malu

Sinais de alerta na saúde mental dos pets

"Por mais que sejam sinais semelhantes, é importante salientar que cada animal pode apresentar comportamentos distintos, fato que se justifica de acordo com a individualidade e formas de expressão de cada pet", pontua o médico veterinário.

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Confira as alterações mais comuns identificadas tanto em cães, quanto em gatos:

  • Aumento ou perda de apetite e sono;
  • Vocalização constante;
  • Isolamento;
  • Desinteresse por atividades que outrora foram interessantes;
  • Comportamentos agressivos;
  • Lambeduras excessivas;
  • Carência em sempre buscar chamar

a atenção da família e dos convidados

da casa.

Tipos mais comuns

A respeito dos tipos de alterações relacionadas à saúde mental dos pets, Luís Felipe Kühl aponta que uma das principais é a Síndrome da Separação ou, como também é conhecida, a Ansiedade por Separação. "Esse termo é utilizado para designar um vasto número de manifestações que, geralmente, se iniciam quando, por algum motivo, ocorre a ausência temporária ou permanente de algo ou alguém importante para o pet, podendo ser tanto as próprias pessoas da família, como outros animais, brinquedos, entre outras coisas."

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O que leva a isso?

Além da separação de algo ou alguém que amam, o especialista explica que pode-se destacar situações traumáticas, como abandono e maus tratos. "A falta de socialização desde filhote e a solidão também podem desencadear o início das alterações."

Primeiro passo!

A primeira coisa a se fazer quando perceber alguma diferença é buscar pelo suporte médico veterinário, "onde será abordado o funcionamento da rotina do filho(a) de quatro patas e avaliado todas as possibilidades que possam estar causando o quadro de desconforto emocional", orienta o profissional.

Tratamento e prevenção

De acordo com Luís Felipe Kühl, o tratamento dependerá dos tipos de alterações no pet e das causas responsáveis por desencadeá-las. Entre eles, estão:

  • Uso de terapias comportamentais, como adestramentos e treinamentos;
  • Mudanças de ambiente para incrementar os brinquedos e entretenimentos;
  • Em alguns casos, o uso de medicamentos capazes de auxiliar no controle do estresse, da ansiedade e da Síndrome da Separação.

Algumas dicas do médico veterinário para prevenir problemas emocionais são:

  • Tente adaptar o pet desde filhote com outros animais, pessoas, ambientes e situações variáveis;
  • Enriqueça o lar com brinquedos, camas e comedouros personalizados;
  • Mantenha uma rotina rica em diversão, cuidados, atenção e muito amor ao pet;
  • Proporcione atendimento veterinário de forma regular, "visando, assim, sempre identificar qualquer possibilidade de alteração ainda no início".
Revista Malu
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