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Por que o intestino é considerado nosso '2º cérebro'?

À primeira vista, o termo pode parecer estranho, mas basta aprender um pouco mais sobre o funcionamento do intestino que compreendemos sua importância para o corpo

21 jul 2024 - 20h13
O intestino é nosso segundo cérebro
O intestino é nosso segundo cérebro
Foto: Canva / Bons Fluidos

"Nosso intestino tem autonomia para tomar decisões". Com esta frase, Dra. Megan Rossi, especialista renomada na saúde intestinal, mostra a importância deste órgão. Em entrevista à BBC Brasil, explica seu estudo, que chega a classificar como 'segundo cérebro' do corpo. Mas o que faz ele ter tanta importância?

Intestino: o cérebro independente

Sua complexa comunidade microbiana tem forte influência no bem-estar geral. O termo "segundo cérebro" pode parecer estranho a princípio, mas quando observamos as complexidades do sistema nervoso entérico (SNE) do intestino, a denominação faz todo sentido. Este sistema altamente autônomo pode operar de maneira independente e é essencial para o funcionamento regular do nosso corpo. A autonomia do nosso intestino permite que ele regule as funções digestivas sem a necessária interferência do cérebro, um fato que continua a fascinar cientistas e médicos.

O impacto do microbioma intestinal na saúde geral

O microbioma intestinal é composto por trilhões de micróbios que desempenham um papel crucial em nossa saúde. Uma dieta variada não só nutre nosso corpo mas alimenta essa rica comunidade microbiana, essencial para uma boa saúde intestinal. Assim, para manter um microbioma saudável e diversificado, é essencial incluir uma ampla variedade de alimentos em nossas dietas.

É preciso se alimentar bem!

Para a Nutricionista Luana Friedrich, autora do livro 'Condutas no Comportamento Alimentar', "a alimentação é um fenômeno complexo e multifatorial e se faz presente em todas as circunstâncias diárias do indivíduo e, sofre influências da história, emoções, do cenário social/ cultural ao qual o mesmo está inserido."

Portanto, o indivíduo deve ser analisado em relação a vários fatores: "Quando olhamos para o sujeito dessa forma mais ampla, integrando estas nuances, entendemos o que o compõe. Essa compreensão mais profunda pode ser um facilitador para o manejo do comportamento alimentar de forma gentil, construtiva, humanizada e afetuosa", explica a especialista à Bons Fluidos.

Por fim, quanto mais aprendemos sobre o funcionamento do intestino, a frase 'somos o que comemos' adquire mais sentido.

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