"Doutor, a camisinha estourou e 30 minutos depois já tomei a pílula do dia seguinte. Desde ontem, estou tendo um sangramento meio marrom. Isso é um sinal de que a pílula pode ter funcionado?"
Sim, isso pode ser um indício da ação da pílula do dia seguinte. Esse tipo de medicamento tem uma dose elevada de hormônios e, quando a mulher toma, esses níveis aumentam e depois caem. Ao diminuírem, normalmente, eles provocam uma descamação do útero e, portanto, um sangramento.
Além disso, toda vez que acontecer um acidente de percurso como esse, vale a pena consultar o ginecologista e conversar sobre a necessidade real de utilizar a pílula do dia seguinte. Por exemplo, se a camisinha estourou e o homem não ejaculou ou a mulher estava fora do período fértil, não seria preciso tomá-la.
Há outros efeitos colaterais?
A pílula do dia seguinte é um método conhecido por grande parte das mulheres para evitar uma gravidez indesejada. Entretanto, é um método de emergência e seu uso deve ser exceção e nunca a regra.
A pílula do dia seguinte tem de seis a 20 vezes a dose hormonal de uma pílula comum. Sendo assim, utilizá-la com frequência pode acarretar maiores problemas para além do sangramento, como irregularidade menstrual, dores de cabeça, náuseas, vômitos, desconforto no estômago e tonturas.
A recomendação, quando a mulher começa a repetir o uso da pílula do dia seguinte, é procurar um ginecologista que ofereça opções de métodos contraceptivos que deem maior segurança. As pílulas anticoncepcionais convencionais, por exemplo, contêm menores dosagens de hormônios, causam menos efeitos colaterais e são mais eficazes. Também há outras formas de administração, como adesivos, injeções ou implantes para quem costuma esquecer de tomar a pílula.