Desde 2021, o burnout é considerado uma doença ocupacional, caracterizada pelo esgotamento associado ao trabalho - e o Brasil era o segundo país com mais casos no mundo em 2022, segundo a International Stress Management Association (ISMA). Com agendas lotadas, demandas intermináveis e expectativa de liderar equipes bem-sucedidas, os CEOs também podem passar por esse problema, que surge quando a sobrecarga se intensifica e resta pouco espaço para o cuidado com a saúde mental e física.
Nos bastidores, os CEOs travam uma batalha silenciosa para manter a saúde mental em meio à pressão constante e, em algum momento, o sucesso profissional pode cobrar seu preço. Foi exatamente isso o que aconteceu com a conselheira Deborah Wright. Aos 53 anos, após 20 anos ocupando os cargos mais altos de diversas empresas, como Kibon, Parmalat e Tintas Coral, um episódio dissociativo, com alterações de sono e perda de consciência, a levou ao hospital em 2010. Após o burnout, foram dez dias para a medicação fazer efeito e normalizar o seu comportamento.
Em 2020, Laércio Albuquerque, então ocupando o cargo de presidente da empresa de tecnologia Cisco no Brasil, teve palpitações fortes e aceleradas, falta de ar e tontura. O executivo demorou para acreditar, mas estava enfrentando um quadro de arritmia. Recusava-se a ficar no hospital porque não queria cancelar os compromissos que lotavam a agenda. Levou tempo para reconhecer que precisava desacelerar. "Ia para o hospital todo dia achando que estava morrendo. Não estava tendo nada, mas comecei a sentir pânico por algumas situações que me deixavam no estágio de perder a respiração", relembra ele.
Para saber mais sobre o burnout em cargos de liderança e ver mais detalhes dos relatos dos executivos, leia a reportagem completa, disponível neste link.