"Os sobreviventes do câncer possuem um risco muito maior de desenvolver um segundo tumor, doenças cardíacas e diabetes. Além disso, tendem a envelhecer mais rápido e possuem maior probabilidade de ficarem debilitados e independentes", afirma Wendy Demark-Wahnefried, investigadora de um estudo realizado com esta parte da população, envolvendo jardinagem, ao jornal 'The Epoch Times'.
O estudo
O ensaio clínico foi publicado em junho deste ano na JAMA Network Open e mostrou que a horticultura ajudou as pessoas mais velhas, que haviam tido câncer, a melhorar sua saúde e o desempenho físico. Com o tempo, os participantes passaram a comer mais frutas e vegetais.
Os pesquisadores reuniram 381 sobreviventes do câncer, que moravam no Alabama e tinham 50 anos ou mais. Outra característica em comum é que eles ingeriam poucas frutas e vegetais, assim como praticavam menos de 150 minutos de exercício físico semanalmente. Para chegar ao resultado, dividiram-os em dois grupos, um com 194 membros, que iniciaria os testes imediatamente - em 2013 - e outro, com 187 pessoas, que daria início no ano seguinte.
Os participantes, que viviam de forma independente, ganharam uma horta elevada ou quatro caixas de cultivo com sementes. Ademais, também receberam ferramentas de jardinagem e orientação quinzenal a respeito dos cuidados e afazeres para manterem uma horta caseira. "Os sobreviventes do câncer devem explorar formas de cultivar a sua saúde - e uma horta é um bom lugar para começar", atesta Demark-Wahnefried.
As avaliações realizadas mediam força, equilíbrio, agilidade e a quantidade que consumiam alimentos mais saudáveis e praticavam atividade física.