O medalhista olímpico Diego Hypólito disse, durante uma conversa no BBB 25, o que ficou internado em uma clínica psiquiatra após ser diagnosticado com depressão e ainda desenvolveu claustrofobia.
“Quando eu entrava em um shopping e não via a porta, saía correndo. Eu fiquei dois anos sem andar de avião”, revelou Diego.
O ginasta afirmou que não conseguia frequentar lugares muito cheios e que andava apenas de ônibus para se deslocar em viagens. Ele também relembrou um dia que abandonou o próprio carro no trânsito durante uma crise de claustrofobia. "Me deu um desespero, não conseguia mais viver", desabafou.
O que é claustrofobia?
A claustrofobia é um transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo intenso e irracional de espaços confinados. Pessoas com essa fobia experimentam crises de pânico diante de situações como estar em elevadores, aviões, locais com grande aglomeração de pessoas ou até mesmo em salas pequenas. Essas crises podem manifestar sintomas físicos como falta de ar, aceleração dos batimentos cardíacos, sudorese e uma forte necessidade de escapar do local.
Segundo o Dr. Dráuzio Varella, a claustrofobia se enquadra nos transtornos situacionais, nos quais a ansiedade é o principal sintoma. Ela se assemelha a outros transtornos como a síndrome do pânico, o transtorno de ansiedade generalizada e outras fobias específicas, como a acrofobia (medo de altura).
Sintomas da Claustrofobia:
Medo intenso e irracional de espaços fechados;
Crises de pânico com sintomas como falta de ar, taquicardia, sudorese, tremores e sensação de sufocamento;
Necessidade urgente de sair do local;
Pensamentos catastróficos sobre a possibilidade de ficar preso ou sem ajuda.
Tratamento da Claustrofobia:
Como tratar a claustrofobia?
O principal tratamento é a terapia cognitivo-comportamental. "Ela é um subtipo da psicoterapia e desenvolve técnicas que diminuem os sintomas de ansiedade a partir de exposições graduais e planejadas aos estímulos fóbicos”, explicou o médico psquiatra.Pedro Beria, pesquisador do Programa de Transtornos de Ansiedade do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (PROTAN) ao site de Dráuzio Varella.
Durante as sessões, o paciente com claustrofobia aprende estratégias comportamentais e de respiração que relaxam e linhas de pensamento que mostram que as situações amedrontadoras são irracionais e têm pouca ou nenhuma chance de acontecer na vida real.
“Existe também evidência farmacológica para o tratamento, especialmente de antidepressivos que regulam a serotonina, como o escitalopram e a sertralina, e medicações bloqueadoras noradrenérgicas, como o propanolol”, completa o psiquiatra
Quem sofre de depressão, claustrofobia ou qualquer outro tipo de medo e fobia deve buscar ajuda médica imediata e tratamento adequado.