No ritmo acelerado de rotinas nas quais as pessoas possuem cada vez menos tempo e lidam com mais pressões, não é difícil de corpo e mente ficarem muitas vezes enfraquecidos. Diante disso, encontrar formas de ter uma melhor qualidade de vida, em todos os âmbitos, é essencial para o bem-estar e é aí que entra mindfulness e meditação.
Entre essas possibilidades, a meditação mindfulness é uma ótima opção para trabalhar o cuidado com a mente, resultando também em benefícios físicos aos adeptos da prática. Melhoria de foco, qualidade do sono e redução do estresse são algumas das vantagens trazidas pela prática.
O que é mindfulness?
Traduzido para o português, mindfulness significa atenção plena. A prática consiste em concentrar-se no aqui e agora, focando no presente. Assim, é um exercício que exige foco para desenvolver maior consciência sobre pensamentos, sensações e emoções. O mindfulness consiste em três passos simples:
- Encontrar algo para ser o foco — denominado como âncora;
- Manter a atenção na âncora;
- Observar os pensamentos.
Esta atenção necessária ao mindfulness pode ser praticada de diversas formas, como a meditação ou o ato de estar mais presente nas tarefas diárias. Com o tempo, a prática vai se tornando mais fácil e ajuda o indivíduo a lidar melhor com questões do dia a dia, ajudando em situações de estresse e ansiedade.
O que é meditação?
A meditação se refere às variadas técnicas responsáveis por promover relaxamento, autoconsciência e foco. Ou seja, é uma prática mental para treinar a concentração e direcionamento consciente da mente. Embora existam várias abordagens e técnicas de meditação, a maioria envolve encontrar um local tranquilo, sentar-se em uma posição confortável e direcionar a atenção para um objeto de foco — respiração, uma palavra ou frase repetitiva (mantra), uma imagem visual ou uma sensação corporal.
Qual a diferença entre mindfulness e meditação?
Já que ambas são práticas nas quais o foco e concentração se fazem necessárias, isso significa que mindfulness e meditação são a mesma coisa? Não! As duas práticas costumam ser utilizadas conjuntamente para o bem-estar mental, mas possuem diferenças entre si.
A atenção plena, ou mindfulness, é uma forma específica de focar no atual, podendo ser praticado em sessões formais de meditação, mas também pode ser aplicado nas atividades diárias, trazendo atenção plena para as ações e experiências cotidianas. Já a meditação pode ter várias abordagens e técnicas, como meditação da respiração, meditação transcendental, meditação guiada e o próprio mindfulness.
Quais as vantagens de praticar a meditação mindfulness?
A meditação mindfulness traz inúmeras vantagens, entre elas:
- Redução de estresse e ansiedade;
- Melhoria no foco;
- Flexibilidade no corpo;
- Controle de insônia;
- Aumento da atenção e concentração;
- Melhoria da clareza mental e tomada de decisões.
Quais as técnicas de meditação mindfulness?
A aplicação das técnicas de mindfulness e meditação pode ajudar a reduzir o estresse, aumentar a clareza mental e promover uma sensação geral de calma e equilíbrio emocional. Algumas das principais técnicas são:
1. Respiração
Como em outros tipos de meditação, na meditação mindfulness a respiração é uma base essencial. Prestar atenção enquanto respiramos é uma forma de informar ao nosso cérebro o momento de relaxar e baixar a ansiedade. Respirar é algo tão natural, que dificilmente paramos para focar na nossa respiração. Contudo, uma respiração correta e consciente é fundamental para o corpo e mente.
2. Âncora visual
Outra técnica a ser usada na meditação mindfulness é a âncora visual. Ela consiste em escolher um elemento ou objeto com ponto de foco, ajudando a manter a meditação uma vez que ver a âncora visual e ter consciência dela é uma maneira de permanecer focado na prática. Além disso, principalmente no início, algumas pessoas acabam tendo dificuldade de manter a concentração quando estão de olhos fechados, sendo tomadas por pensamentos sem nexo para o momento da meditação. Nesses casos, a âncora visual também é essencial para a manutenção do foco.
3. Âncora auditiva
Assim como a âncora visual, a âncora auditiva também é um excelente técnica para a meditação mindfulness. Neste caso, é preciso escolher um som constante e recorrente — como o som do ventilador ou da chuva — mantendo a concentração nele enquanto medita.
Como começar a praticar meditação mindfulness?
Para quem deseja começar a praticar a meditação mindfulness, é possível fazer de forma simples e sem grandes investimentos. O maior investimento é seu tempo, dedicação e comprometimento com a prática. Algumas dicas para os iniciantes, são:
Escolha um lugar silencioso
O silêncio é uma ótima forma de se concentrar, já que é possível evitar distrações e ficar focado no momento. Procure um lugar em casa mesmo no qual consiga ficar sem ser interrompido e sem barulhos para atrapalhar.
Encontre uma posição confortável
O conforto também é um passo muito importante ao praticar a meditação, já que você não pode ficar todo tempo se mexendo por estar desconfortável. Por isso, escolha uma posição na qual seja possível permanecer longos períodos enquanto a prática é realizada.
Controle a respiração
Na meditação mindfulness, a respiração desempenha um papel fundamental ao servir como ponte para o cérebro desconectar dos demais acontecimentos ao redor e possa se concentrar na prática em si. Fazer uma respiração consciente é prestar atenção em como o ar entra pelos pulmões e sai. Ao fazer este movimento diversas vezes, é possível regular a respiração e fazer com que o corpo entre em um estado de calmaria.
Foco 100% no momento
A grande chave da meditação mindfulness é focar no presente, no momento. Por isso, ao praticar a técnica a pessoa precisa estar 100% comprometida com ele. Ou seja, nada de ficar pensando no celular, nos e-mails não respondidos ou nas compras que precisam ser feitas em seguida. Você não precisa passar longas horas meditando, mas no tempo que tiver se dedique completamente a prática. Lembre-se de que a prática é individual e pode variar de acordo com as preferências e necessidades de cada pessoa. Comece com sessões curtas e vá aumentando gradualmente o tempo conforme se sentir confortável. Com o tempo, você pode experimentar diferentes práticas e descobrir o que funciona melhor para você.