O intestino possui função fundamental para diversos processos do corpo humano. É o caso da digestão, da absorção de nutrientes, da regulação de processos imunológicos e da produção de neurotransmissores essenciais, como a serotonina.
Além disso, ele abriga uma comunidade microbiana que atua para manter o equilíbrio metabólico e imunológico. Assim, é possível influenciar a resposta inflamatória e a saúde sistêmica do organismo. Devido à suas múltiplas influências, o intestino é considerado complexo e pode impactar tanto na saúde física dos indivíduos, quanto no bem estar mental.
O que fazer para o intestino funcionar bem?
Segundo anutróloga e gastroenterologista, Jennifer Emerick, manter a saúde intestinal requer uma abordagem multifatorial. Confira abaixo os principais cuidados a serem adotados.
- Mantenha a hidratação: O consumo adequado de água facilita a formação e o transporte do bolo fecal, prevenindo a constipação.
- Ingira fibras: As fibras alimentares são fundamentais para a regulação do trânsito do intestino e para o desenvolvimento de uma microbiota saudável.
- Incorpore alimentos ricos em probióticos: Os alimentos fermentados são fontes de microrganismos benéficos que auxiliam na manutenção do equilíbrio microbiano intestinal.
- Pratique atividade física: O exercício físico regular favorece a movimentação intestinal, além de contribuir para a saúde geral.
- Gerencie o estresse: O estresse crônico pode impactar negativamente nas funções do intestino. Por isso, recomenda-se a aplicação de técnicas de relaxamento e mindfulness para garantir a saúde digestiva.
Quais alimentos são os benefícios ao órgão?
A alimentação impacta diretamente na saúde intestinal. Por isso, incluir alguns grupos alimentares na dieta pode ser assertivo.
- Frutas e vegetais: Exemplos como mamão, maçã, brócolis, espinafre e cenoura. Esses alimentos ricos em fibras auxiliam na promoção do trânsito intestinal e na manutenção do equilíbrio da microbiota.
- Oleaginosas e sementes: Como linhaça, chia, amêndoas e nozes, que também possuem muitas fibras e ácidos graxos benéficos.
- Alimentos fermentados: Iogurte, kefir, chucrute e kombucha são excelentes fontes de probióticos, que ajudam na recuperação e manutenção da flora intestinal.
O que é a serotonina?
A serotonina é um neurotransmissor multifuncional, que atua no sistema nervoso central e no sistema digestivo. Ela é responsável por regular o humor, as emoções, o apetite, o sono, a cognição e a memória. Portanto, é importante para a manutenção do equilíbrio emocional.
Qual a relação entre dela com o intestino?
De acordo com a nutróloga, cerca de 90% da serotonina corporal é sintetizada no intestino, evidenciando a importância do órgão na regulação de processos neuroquímicos. É por meio da relação intestino-cérebro que a serotonina influencia diretamente na saúde digestiva e emocional.
Por isso, eventuais desequilíbrios na microbiota intestinal podem prejudicar a produção de serotonina. Esse cenário desencadeia sintomas como alterações no trânsito intestinal e distúrbios emocionais. Desse modo, manter a integridade do sistema digestivo é fundamental para a produção adequada da serotonina.
Quais os sinais de serotonina baixa?
- Depressão, ansiedade ou oscilações de humor.
- Distúrbios de sono, como insônia.
- Fadiga persistente.
- Dificuldade de concentração e lapsos de memória.
- Desejo exagerado por alimentos ricos em carboidratos e doces.Diminuição da capacidade de sentir prazer, além de irritabilidade.
Como aumentar os níveis do neurotransmissor?
- Adote uma alimentação rica em triptofano: o triptofano é um aminoácido precursor da serotonina. No entanto, é possível encontrá-lo em alimentos como ovos, bananas, nozes, abacate, queijo e chocolate amargo.
- Exponha-se à luz solar: a exposição regular à luz solar estimula a produção de serotonina no cérebro.
- Pratique exercício físico: atividades aeróbicas regulares, como caminhar, correr ou pedalar, estimulam a liberação da serotonina.
- Insira uma suplementação: Em casos específicos e sob orientação médica, pode se recomendar a suplementação de triptofano, 5-HTP ou outros co-fatores, como a vitamina B6 e magnésio, essenciais para a conversão de triptofano em serotonina.