Ultraprocessados podem afetar a saúde mental; entenda

Dietas ricas em ultraprocessados são ruins para a saúde mental, podendo trazer maiores riscos de depressão e ansiedade, por exemplo

4 out 2024 - 14h34

Sua dieta é rica em alimentos ultraprocessados? Se sim, pode ser crucial tentar mudar isso o quanto antes, já que comer muito deles pode trazer doenças, tanto físicas quanto ligada à saúde mental. Ansiedade e depressão, por exemplo, podem ter mais risco de aparecer em quem tem esse tipo de dieta.

Veja a relação entre ultra processados e saúde mental
Veja a relação entre ultra processados e saúde mental
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Mas você sabe exatamente o que são os ultraprocessados? Muita gente pensa que são apenas aquelas comidas prontas e congeladas, mas vai além disso.

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"Eles incluem uma vasta gama de alimentos ricos em aditivos químicos, conservantes, açúcares refinados e gorduras de baixa qualidade. Apesar da conveniência, essas escolhas alimentares têm sido ligadas a uma série de distúrbios psicológicos, incluindo depressão, ansiedade e fadiga mental.", alerta o nutrólogo Dr. Gustavo de Oliveira Lima.

No geral, para saber se alimento é ultraprocessado, é só ver se ele passou por várias etapas industriais e possui uma lista de ingredientes que não são reconhecíveis como alimentos naturais (ou seja, conservantes, emulsificantes, estabilizadores, adoçantes artificiais e corantes, entre outros). Alguns exemplos são biscoitos recheados, refrigerantes, salgadinhos de pacote, embutidos, massas instantâneas e cereais matinais.

Os ultraprocessados podem afetar a saúde mental por vários motivos. Um deles é que eles alteram a microbiota intestinal, sendo que o intestino é conhecido como o "segundo cérebro". Ademais, as oscilações de açúcar no sangue e a deficiência de nutrientes também são prejudiciais para o cérebro.

Como proteger a saúde mental através da alimentação

Apesar do impacto negativo dos ultraprocessados, a boa notícia é que mudanças simples na alimentação podem fazer uma grande diferença. Dietas ricas em alimentos frescos, como frutas, vegetais, legumes, grãos integrais e proteínas magras, promovem uma melhor saúde mental e emocional.

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  • Aposte em uma dieta anti-inflamatória: Alimentos como frutas vermelhas, salmão, nozes e vegetais verdes escuros são ricos em antioxidantes e compostos anti-inflamatórios. Esses alimentos ajudam a reduzir a inflamação no corpo, melhorando não só a saúde física, mas também o equilíbrio mental.
  • Cuide da microbiota intestinal: Incluir alimentos fermentados, como iogurte natural, kefir e kombucha, na dieta, ajuda a restaurar e nutrir a microbiota intestinal. Além disso, aumentar o consumo de fibras, encontradas em vegetais e grãos integrais, promove o crescimento de bactérias saudáveis no intestino, essenciais para a produção de serotonina.
  • Evite picos de açúcar: Substituir alimentos ricos em açúcar refinado por opções com carboidratos complexos, como batata-doce, aveia e quinoa, é bom. Isso mantém os níveis de glicose no sangue estáveis, evitando as oscilações bruscas de humor.
  • Suplemente com Ômega-3: Incorporar fontes naturais de ômega-3, como peixes de águas profundas (salmão, sardinha), nozes e sementes de linhaça, é uma estratégia eficaz para melhorar a função cerebral e reduzir o risco de distúrbios mentais.
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