O Brasil é o segundo país que mais realiza intervenções cirúrgicas no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Ou seja, o tema da cirurgia plástica é bastante popular por aqui. Apesar disso, os pacientes ainda chegam aos consultórios com muitas dúvidas em relação ao procedimento e, até mesmo, sobre suas motivações.
Pensando nisso, conversamos com o Dr. Filipe Fusinato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), para esclarecer os cinco pontos mais importantes para o paciente saber antes de se submeter a um procedimento. Confira:
1 - Como escolher o cirurgião plástico?
A escolha do seu cirurgião plástico é a etapa mais importante quando se pensa em realizar uma cirurgia de caráter estético ou reparador em seu corpo, destaca Filipe. Conforme o médico, essa escolha tem que ser criteriosa e deve se basear em:
- Referências do profissional;
- Relação de confiança e ética com este profissional e sua equipe;
- Através dos resultados de procedimentos que vão ao encontro do que você deseja;
- Locais que este profissional atua;
- Tempo de profissão (maior de 10 anos);
- Formação acadêmica;
- Membro de entidades científicas como a SBCP ou a recente Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS) aqui no Brasil.
2 - Como deve ser a estrutura do local da cirurgia plástica?
"O ideal é realizar os procedimentos em ambiente hospitalar e reservar para o consultório apenas procedimentos cosméticos de pequeno porte e tratamentos não invasivos", ressalta o cirurgião plástico.
3 - Como deve estar o meu estado de saúde?
Quando falamos sobre tratamentos estéticos, sejam eles cirúrgicos ou não, o estado de saúde deve ser o melhor possível. Afinal, trata-se de procedimentos eletivos, isto é, programados.
"Os tratamentos reparadores também seguem esses critérios. Entretanto existem muitas situações que devem ser realizadas em critérios de urgência e emergência e, para estas situações, avalia-se o risco-benefício do tratamento", diz o médico.
4 - Existe algum sinal de que não devo fazer a cirurgia plástica?
Existem vários, pontua Filipe. Conforme o especialista, existem critérios bem estabelecidos que contra indicam um tratamento devido riscos elevados que possam sair de controle, por exemplo: infecção ativa, febre, doença ou condição clínica não controlada como diabetes, hipertensão, doenças da tireoide, etc.
Além disso, existem sinais relativos que possam interferir especificamente no tratamento proposto. É o caso, por exemplo, de tabagismo, uso de medicamentos, obesidade, etc.
"Não menos importante ou, em caráter especial, encontram-se os transtornos psicológicos de imagem corporal que ao serem identificados são também critérios que contraindicam tratamentos estéticos", acrescenta o médico.
5 - Como deve ser o pós-operatório?
"Tranquilo, seguro e confiante", responde Filipe. Embora existam inúmeros tipos de procedimentos estéticos e reparadores, todos seguem a mesma filosofia.
Para que sejam assim, há uma energia intensa empregada por todos profissionais envolvidos nos cuidados após os tratamentos, sejam eles cirúrgicos ou não.
"É importante frisar que pode haver sim, variações no pós-cirúrgico devido a intensidades do tratamento, particularidades específicas de cada paciente e reações adversas e raras. Entretanto, buscamos ativamente por previsibilidade, recuperação rápida e confortável para todos pacientes", finaliza o cirurgião plástico.