Embora a gripe seja frequentemente percebida como uma doença comum e passageira, em certos grupos de pessoas, ela pode evoluir para quadros graves e até fatais.
Em conversa com o Terra Você, a médica paliativista Michele Andreata, da Saúde no Lar, reforça que a vacinação anual é a medida mais eficaz para prevenir complicações. No entanto, a profissional destaca que a vacina deve ser complementada por outras ações preventivas.
Quem está mais vulnerável?
Alguns grupos possuem maior suscetibilidade à gripe grave devido a fatores biológicos, sociais ou condições pré existentes. São eles:
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Crianças menores de 5 anos;
- Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto);
- Indivíduos com doenças crônicas, como cardiovasculares, respiratórias, renais ou hepáticas, diabetes e obesidade;
- Imunossuprimidos, incluindo portadores de HIV, pacientes oncológicos ou transplantados;
- Populações indígenas;
- Pessoas em situação de institucionalização, como em casas de repouso ou prisões.
8 fatores que aumentam o risco de complicações
Certos aspectos aumentam significativamente a chance de evolução para quadros graves. Segundo a Dra. Michele Andreata, estes são os principais fatores:
1. Idade avançada ou extrema – idosos e crianças pequenas são mais vulneráveis.
2. Doenças crônicas – inclui asma grave, DPOC e insuficiência cardíaca.
3. Imunossupressão – devido a doenças ou tratamentos, como quimioterapia.
4. Obesidade mórbida – pessoas com IMC igual ou superior a 40 têm maior risco.
5. Gestação e puerpério – alterações imunológicas tornam essas fases mais delicadas.
6. Ausência de vacinação – não estar imunizado aumenta a gravidade em caso de infecção.
7. Tabagismo – prejudica a função pulmonar, agravando os efeitos da gripe.
8. Condições insalubres – ambientes superlotados ou com baixa ventilação favorecem complicações.
Medidas de proteção vão além da vacina
Embora a imunização anual seja indispensável, outras práticas complementam a proteção:
- Higienização regular das mãos e uso de álcool em gel
- Etiqueta respiratória, cobrindo o rosto ao tossir ou espirrar
- Evitar locais aglomerados, especialmente em períodos de alta circulação viral
- Garantir ambientes bem ventilados
- Manter o controle de doenças crônicas
Essas ações simples podem salvar vidas, especialmente entre os grupos mais vulneráveis. “A combinação de estratégias é fundamental para reduzir o risco de transmissão e complicações graves”, conclui a médica.