97% dos casos de hérnia de disco podem ser tratados sem cirurgia

Fisioterapia pode ser a chave para a melhora dos principais sintomas

28 jun 2024 - 06h50
97% dos casos de hérnia de disco podem ser tratados sem cirurgia
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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o IBGE, revelam que mais de 5,4 milhões de brasileiros convivem diariamente com hérnias de disco. E o que nem todo mundo sabe é que em até 97% dos casos dessa doença, é possível recorrer a um tratamento especializado e não cirúrgico, por meio de fisioterapia e cuidados individualizados.

Considerada como uma condição multifatorial, existem várias causas para o surgimento da hérnia. Segundo André Pêgas, fisioterapeuta responsável pela rede de clínicas Doutor Hérnia, algumas delas podem ser ergonômicas, como ficar com uma postura inadequada enquanto está sentado, deitar-se frequentemente em sofás ao invés de camas, ficar de pé por longos períodos, entre outros trejeitos. 

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“Há também fatores genéticos que influenciam, uma vez que algumas pessoas possuem discos vertebrais mais frágeis e suscetíveis do que outras”, afirma. 

Outros motivos relacionados podem incluir a pouca ingestão de água ao decorrer do dia, o excesso de alimentos inflamatórios na dieta e o nível elevado de estresse, que tornam o processo de cicatrização do organismo mais lento.

O que há por trás da hérnia?

A hérnia de disco é uma doença que afeta os discos intervertebrais localizados na coluna. Eles funcionam como amortecedores para evitar desgastes internos, e em seus interiores, existe uma espécie de recheio gelatinoso.  

Quando ocorre uma hérnia, os discos acabam se machucando e rasgando, o que permite que esse recheio saia e fique diretamente pressionando os nervos, gerando as dores e os sintomas relacionados.

Comumente, essa condição pode aparecer na região do pescoço ou da lombar, causando dores, rigidez, formigamento e perda de força no local, podendo até mesmo irradiar esses sintomas para outras partes do corpo, como braços e pernas.

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Para diagnosticar a hérnia de disco, Pêgas explica que é primeiramente feito um diagnóstico clínico, por meio de avaliações e anamnese. 

“Depois, são realizados exames para saber se o paciente possui histórico familiar ou propensão a ter essa condição. Dependendo da gravidade da doença, exames de imagem podem ser solicitados”, conta.

Cirurgia é sempre necessária?

Diferentemente do que muitos acreditam, existem vários tratamentos não cirúrgicos para quem tem hérnia de disco. 

“A cirurgia só irá ser indicada quando o paciente tiver sintomas como paralisia dos movimentos dos pés ou mãos, amortecimento do períneo, que é a região embaixo da cintura, decorrentes de uma compressão medular. Mas isso corresponde a somente 3% dos casos da doença”, ressalta André Pêgas.

Além disso, mais do que tratar a hérnia, é importante prevenir que ela surja ou se agrave. Para isso, é fundamental seguir as orientações dos profissionais de saúde, evitar acidentes como escorregões, quedas e traumas, não sobrecarregar a região afetada com movimentos físicos bruscos e seguir hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, hidratação diária e atividades físicas adequadas para o bem-estar de cada paciente.

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“A postura também é importante. Ficar de pé, sentado ou deitado da maneira correta, em um colchão adequado, pode ajudar na prevenção. Exercícios que fortalecem a musculatura, como pilates, hidroginástica e treinos funcionais também são indicados”, conclui o fisioterapeuta

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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