O tratamento da queda capilar requer diagnóstico feito por dermatologista, afinal existem muitos tipos de alopecia, que pode ser genética ou induzida por exemplo, e eflúvio telógeno, queda intensa dos fios por algum problema associado (como dieta ou estresse).
“Além do estresse oxidativo que também atinge o bulbo capilar, a alopecia compreende o envelhecimento celular localizado no folículo piloso da derme e tecido subcutâneo, por sua vez afetado por um declínio fisiológico nas funções celulares. Por isso, para tratar, precisamos pensar também em ‘rejuvenescer’ a pele do couro cabeludo, com estímulo da multiplicação celular e de colágeno para melhora da ancoragem dos fios”, explica Lilian Brasileiro, médica especializada em Medicina Capilar, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e coordenadora e palestrante em eventos sobre tratamentos capilares.
Para cobrir essa lacuna, já está disponível no Brasil um ácido hialurônico injetável e enriquecido com vários nutrientes para tratar a calvície.
“Com o tratamento, conseguimos promover ação antioxidante nas células da derme incluindo células endoteliais, estimulação do metabolismo celular e hidratação, além de renovação folicular, formação de queratina, bem como a síntese de vários hormônios para a produção de vitamina B3, essencial para a saúde capilar por regularizar o crescimento de acordo com o ciclo dos fios”, acrescenta a médica.
Também usado na pele
Segundo o dermatologista Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o injetável, que também pode ser usado no rosto para promover rejuvenescimento e revitalização da pele, conta com fórmula patenteada e enriquecida com nutrientes. O produto (NCTF) associa ácido hialurônico a 12 vitaminas, 24 aminoácidos, 6 enzimas, 5 ácidos nucleicos e 6 minerais para revitalizar a saúde dos folículos.
“A fórmula contém um poderoso antioxidante, a glutationa, que desempenha um papel fundamental na luta contra efeitos deletérios do estresse oxidativo sobre o folículo do cabelo, além de melhorar a microvascularização”, diz Lilian Brasileiro.
O tratamento tem estudos “in vitro” e em humanos. Segundo Soriani, um laboratório independente realizou estudos "in vitro" para avaliar seu efeito sobre a proliferação celular e a síntese de matriz extracelular, bem como sua atividade antirradical.
“O produto estimulou significativamente a multiplicação das células (147%) e a síntese de colágeno intra (165%) e extracelular (200%)”, diz o dermatologista.
O protocolo de tratamento inclui as injeções no couro cabeludo somado ao efeito de fotobioestimulação do LED, que melhora a vascularização e a energia celular. Já em humanos, a técnica foi testada em 10 pacientes com o objetivo de verificar a oportunidade e eficácia da associação entre esse ácido hialurônico injetável e LED no tratamento da alopecia androgenética.
“A terapia cessou a queda capilar após um mês com uma a duas sessões. Foi notado o crescimento visível desde a terceira sessão, progressivamente à medida que o tratamento foi feito, com resultados no aumento na densidade, volume do cabelo e melhoria na qualidade – mais brilhante, mais elástico e repigmentado”, explica o médico.
“Os resultados provam que o envelhecimento atinge todos os tecidos e a aplicação do tratamento com ácido hialurônico enriquecido com nutrientes no couro cabeludo atua para melhorar a queda capilar”, completa Lilian Brasileiro.
Como é feito o tratamento
O protocolo consiste em três a quatro sessões, com 15 dias de intervalo nos dois primeiros meses, depois uma sessão por mês durante três meses.
“As contraindicações são: lesões infecciosas na área e alergia a algum dos compostos do produto injetado”, diz a médica.
Todos os fototipos podem ser tratados com a técnica. “Consulte sempre um dermatologista, que pode inclusive indicar o tratamento como forma de prevenção em pacientes que sofrem com a queda capilar de cunho genético”, finaliza Lilian Brasileiro.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.