Agências reguladoras de medicamentos dos Estados Unidos aprovaram nesta segunda-feira, 7, o aducanumab, da Biogen Inc, como primeiro tratamento a combater uma causa provável da doença de Alzheimer, apesar de uma polêmica que questiona se os indícios clínicos provam que o remédio funciona.
O aducanumab almeja remover depósitos aderentes de uma proteína chamada beta-amilóide de cérebros de pacientes nos estágios iniciais do Alzheimer para conter seus estragos, que incluem perda de memória e a incapacidade de cuidar de si mesmo.
"Esta é uma boa notícia para pacientes com Alzheimer. Nunca tivemos a aprovação de uma terapia transformadora de uma doença", disse o doutor Ronald Petersen, especialista em Alzheimer da Clínica Mayo. Mas ele alertou: "Isto não é uma cura. Espera-se que isto desacelere o avanço da doença." E acrescentou: "Acho que é um grande dia. Mas não podemos fazer muitas promessas."
O Alzheimer é a sexta maior causa de mortes nos EUA.
A Agências de Alimentos e Medicamentos (FDA) disse em seu site que testes clínicos do tratamento, que será vendido com a marca Aduhelm, mostraram uma redução das placas que se espera levar a um declínio mais lento nos pacientes.
"Embora os dados do Aduhelm sejam complicados no que diz respeito a seus benefícios clínicos, a FDA determinou que existem indícios substanciais de que o Aduhelm reduz as placas de beta-amilóide no cérebro e que é razoavelmente provável que a redução destas placas prognostique benefícios importantes aos pacientes", disse a agência em um comunicado.