Anvisa autoriza a importação de insumo para Coronavac

Instituto Butantã reclamava de demora na análise do pedido por agência federal

28 out 2020 - 17h59
(atualizado às 18h01)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta quarta-feira, 28, que autorizou o Instituto Butantã a importar em caráter excepcional a matéria-prima para a produção de 40 milhões de doses da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o instituto brasileiro.

Vacina Coronavac é uma parceria do Instituto Butantã com a chinesa Sinovac e está em fase de testes em humanos no Brasil
Vacina Coronavac é uma parceria do Instituto Butantã com a chinesa Sinovac e está em fase de testes em humanos no Brasil
Foto: Divulgação / Governo do Estado de SP / Estadão Conteúdo

O Butantã reclamava de demora da agência na avaliação do pedido. Em coletiva de imprensa nesta quarta, o diretor do instituto, Dimas Covas, afirmou que o atraso na resposta poderia impactar na produção nacional da Coronavac.

Publicidade

"Desde quando nós iniciamos todo esse processo da vacina, obviamente que cada dia conta. E a nossa previsão era para iniciar a produção da vacina na segunda quinzena de outubro. Esse atraso na emissão dessa autorização pode ter sim efeito na produção da vacina. Cada dia que nós aguardamos essa autorização significa um dia a menos de vacina", destacou.

O Butantã disse ter entrado com o pedido de importação no final de setembro. A Anvisa liberou, no dia 23 de outubro, a importação de 6 milhões de doses da Coronavac já prontas, mas afirmou que precisava de informações complementares para liberar também a importação da matéria-prima necessárias para a fabricação das demais unidades.

De acordo com a Anvisa, o tema foi discutido entre terça e quarta em Circuito Deliberativo, instância de votação on-line dos diretores da Agência. Eles determinaram algumas condições para a importação excepcional, como a obrigação do Butantã em "garantir a adequabilidade do transporte, armazenamento e guarda do produto, se responsabilizando pelas instalações, equipamentos, pessoal, medidas e procedimentos necessários para a contenção, ou seja, para a segurança do meio ambiente e do operador, bem como a integridade dos recipientes usados para armazenar produtos intermediários". A Anvisa destacou ainda que a utilização da vacina ficará condicionada à obtenção de seu registro sanitário junto à agência.

Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se