Anvisa retira canabidiol da lista de substâncias proibidas

14 jan 2015 - 13h11

As autoridades da área de saúde anunciaram nesta quarta-feira que os remédios que contêm canabidiol, um derivado da maconha, poderão ser vendidos no país, embora somente sob estrita recomendação médica.

O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jaime Oliveira, precisou em declarações aos jornalistas que a importação de remédios com canabidiol também precisará de uma autorização desse organismo, mas esclareceu que isso ocorre com muitos outros remédios que são vendidas mediante receita.

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Oliveira disse que existem estudos científicos que comprovaram fidedignamente que o canabidiol não gera nenhum tipo de dependência, por isso que a Anvisa decidiu que "não há razões para que continue proibido".

No Brasil, a lei castiga tanto o cultivo como o consumo e a posse de maconha e proíbe, além disso, os remédios que tenham essa erva ou algum de seus derivados entre seus componentes.

O caso do canabidiol é há anos objeto de polêmicas, que se tornaram mais visíveis no começo do 2014, quando um juiz autorizou uma mulher a importar uma medicina que contém em sua fórmula essa substância e é usada para tratar crises convulsivas de uma de suas filhas, de cinco anos de idade.

A mulher entrava com o remédio no país de forma ilegal e optou por lutar na justiça depois que os médicos responsáveis pelo tratamento da menina comprovaram os efeitos positivos do remédio.

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Segundo a Anvisa, o debate público aberto por esse caso foi um fator "determinante" para a decisão adotada hoje, que facilitará tanto a importação como o uso dos remédios elaborados com canabidiol.

  
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