Ao confirmar saída, Bolsonaro diz que Pazuello foi brilhante

Segundo Bolsonaro, havia problema de gestão na pasta quando Pazuello assumiu no lugar de Nelson Teich em maio do ano passado

18 mar 2021 - 20h54
(atualizado às 21h16)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, vai deixar o cargo oficialmente na sexta-feira e destacou que ele fez um trabalho "brilhante" e "excepcional" à frente da pasta, mesmo diante do pior momento da pandemia de coronavírus no Brasil.

16/12/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
16/12/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro disse que a exoneração de Pazuello será publicada no Diário Oficial da União na sexta. Ele será substituído pelo médico cardiologista Marcelo Queiroga, o quarto ocupante do cargo desde o início da pandemia.

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"Quero cumprimentar o Pazuello, que está nos deixando amanhã e fez um brilhante trabalho no Ministério da Saúde", disse o presidente.

Segundo Bolsonaro, havia problema de gestão na pasta quando Pazuello assumiu no lugar de Nelson Teich em maio do ano passado, e o general fez uma "assepsia" no ministério.

O presidente anunciou na segunda-feira a troca do titular da Saúde no momento em que Estados e cidades têm registrado sucessivos recordes de mortes e casos por covid-19, com colapso nos sistemas de saúde e ainda queixas de demora na vacinação em massa.

Após o anúncio de Bolsonaro de troca no comando do ministério, o governo tenta encontrar uma saída honrosa para Pazuello.

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De acordo com fontes com conhecimento do assunto ouvidas pela Reuters, há uma preocupação no Palácio do Planalto de dar a Pazuello um cargo que tenha foro privilegiado. O receio vem do inquérito criminal que tramita no Supremo Tribunal Federal e apura as responsabilidades do até agora ministro no colapso da saúde em Manaus causado pela Covid-19.

Pazuello é investigado criminalmente desde janeiro pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, por suposta omissão no enfrentamento da pandemia na capital amazonense, entre outros fatos.

O general até já depôs na investigação sigilosa. Se deixar o cargo de ministro, perderia o foro privilegiado e passaria a ser investigado por procuradores de primeira instância que, ao menos durante a pandemia, têm tido uma atuação mais incisiva em relação a autoridades federais.

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