Aos 43 anos, Sabrina Sato perde bebê na 11ª semana de gestação; médicos explicam riscos da gravidez tardia

Apresentadora sofreu um aborto espontâneo devido a uma não evolução do feto

7 nov 2024 - 05h00
(atualizado às 05h00)
Nicolas Prattes e Sabrina Sato
Nicolas Prattes e Sabrina Sato
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A apresentadora e atriz Sabrina Sato anunciou, nesta quarta-feira, 6, que perdeu o primeiro filho que estava esperando com o ator Nicolas Prattes. Aos 43 anos, Sabrina estava 11ª semana de gestação e sofreu um aborto espontâneo devido a uma não evolução da gestação. Ela estava internada no Hospital Israelista Albert Einstein desde terça-feira, 5.

Apesar de ter aumentado nos últimos anos o número de mulheres, que, assim como Sabrina, engravidam após os 40 anos, especialistas apontam que uma gestação tardia pode ser considerada de risco.

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Maria Virgínia de Oliveira, ginecologista, obstetra e professora da Faculdade de Ciências Médicas de Santos (SP), explica que mulheres mais velhas têm mais chances de sofrer aborto espontâneo. Segundo ela, a principal causa são cromossompatias, ou seja, uma anormalidade cromossômica que pode implicar no desenvolvimento do feto. 

“A principal causa dos abortamentos espontâneos são cromossomopatias, que são alterações cromossômicas. E a idade é um fator relacional porque quanto maior a idade, mais velho é o óvulo da mulher. Então, além da chance de engravidar ser baixa, também existem mais chances de ter essas alterações cromossômicas e, provavelmente, a perda gestacional até as 12 semanas de gravidez”, afirma a médica.

Dados divulgados em 2021, da Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), mostram que uma em cada sete mulheres, com idade próxima aos 40 anos, já sofreu pelo menos um aborto no Brasil.

O mestre em ginecologia e professor Guilherme Karam, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Metropolitana de Santos (SP), diz que, no primeiro trimestre de gestação (até 12 semanas), há uma incidência maior de casos de aborto.

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“O primeiro trimestre é a fase onde acontece 90% dos casos de abortamentos. E o risco normalmente gira em torno de 20% a 25% nas gestações diagnosticadas com alterações genéticas. Ou seja, um quarto da população feminina tende a ter um processo de perda gestacional nesse período”, relata.

Caso Sabrina queira engravidar outra vez, os especialistas esclarecem que, após o esvaziamento uterino, se não houver nenhum tipo de procedimento, é recomendado esperar até dois ciclos de menstruação.

“Se aconteceu espontaneamente e não foi necessário nem um tipo de procedimento como curetagem, é necessário que o endométrio se refaça para não haver uma contraindicação na nova tentativa”, revela Maria Virgínia.

“Depois de dois ciclos menstruais normais, a mulher já poderia, em tese, tentar engravidar novamente que os riscos seriam os habituais de qualquer gravidez”, explica Karam.

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Fonte: Redação Terra
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